
O Ministério Russo da Defesa anunciou hoje que 771 combatentes ucranianos que estavam barricados na unidade industrial de Azovstal se entregaram nas últimas 24 horas às forças russas, fazendo ascender a mais de 1.700 o número de combatentes que saíram do complexo desde segunda-feira. As forças pro-russas que controlam a zona afirmam que mais de metade desses combatentes, sobre um total estimado a 2.000, abandonaram as armas e que eles foram levados para uma prisão em Olenivka, localidade sob controlo russo.
A partir daí, o seu destino é incerto. A Ucrânia pretende organizar uma troca de prisioneiros de guerra, mas Moscovo já declarou que ela considera que uma parte desses presos não são soldados, mas sim combatentes "neonazis", referindo-se ao facto de uma parte substancial dos combatentes de Azovstal pertencerem ao conhecido batalhão 'Azov', associado aos neonazis.
Paralelamente, a justiça ucraniana que encetou ontem o primeiro julgamento por crimes de guerra, reclamou hoje a prisão perpétua para um jovem soldado russo acusado de ter abatido um civil ucraniano desarmado no passado dia 28 de Fevereiro. A justiça ucraniana também indicou estar a investigar mais de 12.000 outros presumíveis crimes de guerra, à semelhança do que está igualmente a ser investigado por entidades internacionais.
No terreno, as autoridades ucranianas deram conta hoje de 4 mortos e 3 feridos em Severodonetsk, em Lugansk no leste do país.
No quadrante político, os países do G7 estão reunidos hoje e amanhã na Alemanha para examinar as consequências económicas do conflito, o Banco Mundial tendo desde já anunciado o desbloqueamento de um envelope de 30 mil milhões de Dólares para ajudar os países mais fragilizados a fazer frente ao aumento dos preços e escassez de alimentos.
Por outro lado, o Senado americano deve validar hoje o desbloqueamento de 40 mil milhões de Dólares à Ucrânia, dos quais 6 mil milhões para a aquisição de veículos blindados. Já em meados de Março, o congresso americano disponibilizou uma ajuda de 14 mil milhões de Dólares a favor de Kiev.
Fonte:da Redação e da rfi
Reeditado para:Noticias do Stop 2022
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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