O teatro de Mariupol está completamente destruído após o bombardeamento de quarta-feira à noite pelas forças russas. Este teatro servia de refúgio a centenas de mulheres, crianças e idosos que aí encontraram um derradeiro esconderijo do intenso cerco orquestrado pelas forças de Moscovo há quase 20 dias a esta cidade portuária.
As autoridades locais não sabem ainda quantas pessoas estão debaixo do que resta deste antigo teatro regional, mas julgam que pode haver centenas de mortos.
De forma a assinalar a presença de crianças no interior do teatro, os ucranianos escreveram em letras gigantes "crianças" em russo no exterior, na esperança que esta indicação impedisse que o teatro se tornasse um alvo para o exército de Vladimir Putin, mas nem isso demoveu os russos.
A ofensiva continua de forma plena e os alvos civis multiplicam-se, com relatos de um ataque a uma piscina municipal que servia também de abrigo para mulheres e crianças em Mariupol, assim como uma escola e um centro comunitário em Merefa, junto a Kharkiv, enquanto os ataques aéreos aos prédios residenciais em Kiev continuam.
Seis países já pediram uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas que se deve realizar esta quinta-feira à tarde. Amanhã será votada uma resolução sobre a proteção dos cidadãos ucranianos em situação vulnerável.
Volodimyr Zelensky, presidente ucraniano, falou na quarta-feira perante o Congresso norte-americano e mencionou o ataque de Pearl Harbor por parte dos japoneses na Segunda Guerra Mundial, tal como o 11 de Setembro, para sensibilizar os norte-americanos a ajudarem ao esforço de guerra na Ucrânia. Joe Biden concedeu 800 milhões de dólares adicionais em armamento e disse que Putin era "um criminoso de guerra".
Na televisão russa, Vladimir Putin disse na quarta-feira que rejeitava todos os russos que se opõem a esta guerra e que o país "vai saber distinguir os verdadeiros patriotas" e que "uma auto-purificação" da sociedade será benéfica para a Rússia.
Entretanto, as negociações continuam entre os dois lados, com uma nova reunião na quarta-feira a focar-se mais nas questões técnicas dos termos de um possível cessar-fogo.
Fonte:da Redação e da rfi
Reeditado para:Noticias do Stop 2022
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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