A sexta jornada de contestação da reforma das pensões foi um sucesso para os sindicatos e vários sectores prosseguem com greves nesta quarta-feira.
Mas vamos por partes. Os sindicatos pediram na terça-feira para que seja organizada uma reunião de urgência com o Presidente da República, Emmanuel Macron, apelo ao qual foi o porta-voz do Governo, Olivier Véran, a responder, afirmando que as portas estão ‘mais do que abertas’ para um encontro com o Executivo.
Quanto ao Eliseu não respondeu, directamente, ao pedido dos sindicatos.
O movimento de greve prossegue em vários sectores como o petrolífero. Todas as refinarias em França, sete, estão em greve, o que significa que nenhum combustível sai ou entra nas refinarias. Por enquanto não há escassez de combustível, mas a França ainda não se esqueceu do mês de Outubro em que não havia combustível; o país viveu aí uma situação complicada.
Os manifestantes pedem que dois pontos sejam riscados da reforma: o alargamento da idade mínima de reforma de 62 para 64 anos e a necessidade de uma carreira contributiva de 43 anos para uma reforma a 100%.
Uma reforma que entraria em vigor a partir de 2030.
A lei está neste momento no Senado com maioria de partidos de direita.
Na noite de terça para quarta-feira, a direita decidiu acelerar os debates, utilizando uma lei que está no regulamento interno que permite avançar nos debates sem haver discussões. O artigo 38 acabou com o debate. É a primeira vez desde 2015 que esse artigo foi utilizado. Houve 124 intervenções sobre o artigo 7 da reforma das pensões, que faz passar a idade de 62 a 64 anos, mas os pedidos de supressão desse artigo foram suprimidos.
Às 3h30 da manhã, de madrugada, o Senado, sem os partidos de esquerda, votou em prol de nova versão desse artigo 7, mas sem mudar nada de fundamental, sem alterar a passagem da idade de 62 para 64 anos para a obtenção da aposentadoria.
Os debates devem retomar nesta quarta-feira.
Entretanto os sindicatos já apelaram a novos dias de manifestações, a 11 de Março e a 15 de Março no dia da votação nas duas câmaras, o Parlamento e o Senado, numa Comissão mista paritária.
Fonte:da Redação e da rfi
Reeditado para:Noticias do Stop 2023
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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