"Sua Santidade, obrigado por me receber nesta audiência privada com você", disse DiCaprio em italiano ao chegar, no Palácio Apostólico, quando beijou o anel papal.
Posteriormente, falando em inglês, DiCaprio ofereceu ao papa um livro de trabalhos do pintor holandês Hieronymus Bosch, do século 15, e mostrou a ele a reprodução de "O Jardim das Delícias Terrenas".
O tríptico, ao qual o ator já se referiu no passado, mostra Adão e Eva no primeiro painel, uma paisagem abundante no centro e, finalmente, uma visão do inferno.
"Quando criança, eu não entendia muito bem o que tudo isso significava, mas através de meus olhos infantis isso representava um planeta, a utopia que recebemos, a superpopulação, os excessos, e no terceiro painel eu via o céu escurecido, que representa tanto para mim o que está acontecendo no meio ambiente", afirmou DiCaprio ao papa.
O artista disse acreditar que a pintura representa também as preocupações ambientais do religioso.
A encíclica sobre o meio ambiente de Francisco, Laudato Si (Louvado Seja), recebeu o apoio de ecologistas por suas críticas à economia mundial baseada em combustíveis fósseis e sua demanda para que sejam buscadas fontes mais limpas de energia.
O papa deu a DiCaprio uma cópia da encíclica Laudato Si e da exortação "A Alegria do Evangelho".
Em 1998, DiCaprio lançou uma fundação com seu nome para apoiar iniciativas dirigidas à sustentabilidade.
Recentemente, ofereceu uma conferência no Fórum Econômico Mundial, em Davos, para anunciar que a fundação dedicaria US$ 15 milhões a projetos de meio ambiente e a pedir que os governos trabalhem para combater as mudanças climáticas.
No encontro desta quinta-feira, o ator entregou um cheque da Fundação Leonardo DiCaprio para o papa usar em ações de caridade.
Fornecido por: Da EFE 2016 ( STOP)