, enquanto a sua máquina diplomática se desdobra em contactos - nos últimos dias o ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia falou com vários dos seus homólogos, quer de países ocidentais quer de países árabes.
Erdogan ligou imediatamente aos presidentes de Israel, Isaac Herzog, e da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, nas primeiras horas do conflito, e reiterou a sua posição de sempre: “A paz duradoura na região só será possível com a resolução final do conflito israelo-palestino, e isso implica estabelecer o estado da Palestina, baseado nas fronteiras de antes de 1967, com Jerusalém (leste) como a sua capital”, disse o presidente turco.
Erdogan é próximo do Hamas, e recebe com frequência a liderança deste movimento, considerado uma organização terrorista por muitos Estados, mas não pela Turquia. Ismail Haniyeh, um dos seus líderes históricos, actualmente baseado no Qatar, é uma visita frequente, e esteve pela última vez em Ancara em Julho, junto com Abbas, para tentar uma reconciliação entre os dois movimentos palestinos, enquanto Saleh al-Arouri, outro membro do comité político do Hamas, vive na Turquia.
Por outro lado, Erdogan ensaiou nos últimos tempos uma aproximação a Israel, tendo restabelecido relações diplomáticas no ano passado – Ancara tinha cortado relações com Telavive desde 2010, depois de soldados israelitas terem matado uma dezena de activistas turcos a bordo de um navio com carga humanitária destinado a Gaza. Herzog visitou Ancara também no ano passado, e o Presidente turco encontrou-se pela primeira vez com Benjamin Netanyahu no mês passado, nas margens da assembleia-geral da ONU em Nova Iorque.
Erdogan e a Turquia estão-se nitidamente a posicionar para poder ser um mediador entre Israel e o Hamas, nomeadamente em relação a uma troca de prisioneiros, já que são um dos poucos regimes que tem bons contactos com este movimento. Resta saber se Israel considera Erdogan uma figura neutra – a embaixadora daquele país em Ancara, Irit Lillian declarou aos jornalistas que “é demasiado cedo para falar em negociações”. E pediu às autoridades turcas para expulsar aquela organização terrorista.
Fonte:da Redação e da RFI
Reeditado para:Noticias do Stop 2023
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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