"É tempo de liberdade para Julian Assange", disse Patiño em uma entrevista à televisão "Telesur", após saber que o Grupo de Trabalho da ONU sobre Detenções Arbitrárias considerou que a detenção de Assange é arbitrária.
Assange, que revelou segredos da segurança americana através do Wikileaks, apresentou seu caso a esse órgão da ONU em 2014.
Com a decisão do grupo de trabalho da ONU, disse Patiño, "fica perfeitamente claro que estamos falando de uma perseguição política, se não, como se explica que dois países tenham arbitrariamente detido um cidadão sem o direito, nem o mínimo direito, à defesa de sua inocência?".
O titular da diplomacia equatoriana acrescentou que quando se fala de "detenção arbitrária", considera-se que há uma "vítima" que "deve ser ressarcida por aqueles estados que são responsáveis pela ação e pela omissão".
"No caso da justiça sueca, evidentemente a omissão de ter seguido com o devido processo e de negar sua defesa. Por isso é que Julian Assange foi às Nações Unidas, não teve outra alternativa, porque seu confinamento seria indefinido pelas reações dos governos da Suécia e o Reino Unido", comentou.
Para Patiño, a declaração do grupo de trabalho da ONU é "extremamente importante" e deve ser observada pois -afirmou- não se pode continuar "aceitando posições, atitudes, condutas e políticas arbitrárias".
O chanceler considerou que a decisão do grupo de trabalho da ONU "demonstra até não poder mais a razão" do Equador para dar o asilo a Assange.
"É uma evidente perseguição política, pois não se pode entender uma atuação com tanta arbitrariedade e violação aos instrumentos internacionais no caso" de Assange, recalcou.
Fornecido por: Da AFP 2016 ( STOP )