A revista começou durante a madrugada e ainda não terminou, de acordo com a equipe especial do Ministério Público peruano destacada para isso, que indicou no Twitter que toda a documentação apreendida durante a inspeção “será avaliada” pela Procuradoria.
Vários funcionários do Ministério Público participam da revista na casa do ex-presidente, que se encontra fora do país.
Por enquanto, a Procuradoria não tomou medidas contra Toledo além da revista em sua residência, porém, a imprensa local especula que o procurador do caso, Hamilton Castro, deve pedir a prisão do ex-presidente até a próxima segunda-feira e, se for preciso, solicitar busca e captura internacional pelos crimes de suborno e lavagem de dinheiro.
Toledo seria a primeira grande figura da política peruana considerada culpada por receber subornos da Odebrecht, após ter sido revelado que o ex-diretor da Odebrecht no Peru, Jorge Barata, apresentou à Procuradoria um documento segundo o qual o ex-presidente teria recebido US$ 20 milhões para entregar a construção da estrada Interoceânica.
O ex-mandatário negou hoje “absoluta, categoricamente” estas acusações e pediu que suas contas bancárias sejam revistadas para comprovar que ele não recebeu dinheiro da Odebrecht.
Já o atual presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, prometeu “colaboração” total de seu governo na investigação contra Toledo (2001-2006) para garantir “que a investigação seja eficaz”.
Em mensagem no Twitter, Kuczynski, que foi primeiro-ministro e ministro da Economia durante o governo de Toledo, disse ter “ordenado ao Poder Executivo colaborar em tudo o que for necessário para garantir que no Peru “nunca mais” haja corrupção.
Esta é a segunda menção ao caso feita pelo líder, que na noite de nesta sexta-feira, indicou que “a justiça deve ser igual para todos” e que se alguém “cometeu atos corruptos, deve ser punido”.
Fernando Zavala, primeiro-ministro e que também foi ministro da Economia sob o governo de Toledo, também usou o Twitter para afirmar seu “total compromisso para lutar contra a corrupção”, indicou Zavala.
No Peru, a Odebrecht pagou US$ 29 milhões em subornos a funcionários entre 2005 e 2014, anos que compreendem os governos de Alejandro Toledo (2001-2006), Alan García (2006-2011) e Ollanta Humala (2011-2016), segundo mostra um acordo assinado pela companhia com o Departamento de Justiça de Estados Unidos.
Fonte:EFE
Reditado para:Noticias do Stop 2017
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