de atividades como o cultivo de coca e a mineração ilegal.
“À medida que os membros das Farc abandonam áreas tradicionalmente sob seu controle, o Estado não assumiu plenamente suas funções, deixando um vazio de poder”, afirmaram o órgão das Nações Unidas para os Direitos Humanos.
Nessas circunstâncias fica evidente o risco de aumento das violações aos direitos humanos.
A ONU, cujo ramo de direitos humanos têm uma importante presença na Colômbia, documentou neste ano 61 assassinatos, principalmente de ativistas e líderes sociais em áreas rurais.
O mais preocupante é que um terço desses assassinatos ocorreram após a assinatura do primeiro acordo de paz, em 26 de setembro.
No marco da implementação do segundo e definitivo acordo de paz, a ONU também pediu hoje ao governo colombiano que acelere a preparação das zonas nas quais devem se concentrar os guerrilheiros das Farc para entregar as armas e se desmobilizar.
Duas semanas depois da adoção do acordo, nenhuma destas áreas está pronta para recebê-los.
“A experiência internacional demonstra que os primeiro dias da desmobilização são os mais críticos para assegurar que os combatentes não abandonem o processo de paz e para prevenir um aumento da violência”, explicou a porta-voz do Escritório de Direitos Humanos em Genebra.
O organização afirmou que nenhuma das zonas em questão está equipada para receber os guerrilheiros e que, entre outros problemas, a água potável, os alimentos, os serviços de saúde e a eletricidade estão limitados.
Os membros das Farc que se reuniram nos pontos conhecidos como “pré-agrupamento”, que constitui a etapa prévia ao desarmamento e à desmobilização, estão afrontando uma situação similar nestes dias.
Nesses lugares também é notória a falta de preparação e de instalações, acrescentou a ONU.
Como recomendação, a organização propôs que o governo designe um responsável de tramitar com autoridade estes problemas práticos para evitar que estes possam prejudicar a aplicação adequada do acordo de paz.
Fonte:Reuters
Reditado para:Noticias Stop 2016
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