reivindicação pela soberania das Ilhas Malvinas.
"O que o governo fez é um comunicado, nem sequer um acordo, não é um tratado", afirmou Pinedo em declarações à "Rádio Belgrano", por causa de uma polêmica surgida após a publicação, na última terça-feira, de um comunicado conjunto da chancelaria da Argentina após a visita a Buenos Aires do ministro de Estado do Reino Unido para a Europa e as Américas, Alan Duncan.
Pinedo, que faz parte do "Mudemos", grupo político do presidente do país, Mauricio Macri, afirmou que a negociação sobre a soberania do arquipélago, exercida pelos britânicos e reivindicada pela Argentina desde 1833, é "absolutamente indispensável" e negou que esse tipo de diálogo com o Reino Unido representem uma mudança.
"A declaração focou em refletir a vontade de ambos os países de iniciar uma etapa positiva na história e rica relação bilateral, abrangeu a cooperação em vários temas, entre os quais estavam diferentes aspectos da 'Questão Malvinas', mas sem aprofundamento no assunto da soberania", explicou o senador.
Mesmo com o esclarecimento, vários grupos políticos, sobretudo da oposição, e ex-combatentes argentinos da Guerra das Malvinas em 1982 criticaram o tom do comunicado.
No conflito, que terminou com derrota da Argentina, morreram 255 britânicos, 649 argentinos, dos quais 123 permanecem enterrados sem identificar.
Após a publicação da declaração, deputados da Frente para a Vitória (FpV), da ex-presidente Cristina Kirchner, convocaram a chanceler do país, Susana Malcorra, ao Congresso e pediram o governo que deixe de apoiar sua candidatura à Secretária-Geral da ONU.
Segundo a FpV, existe um "evidente conflito de interesses" enquanto forem realizadas negociações com os britânicos.
No pedido está incluído um projeto de resolução que, segundo a agência estatal "Télam", recomenda uma rejeição em "todos os termos do texto". Além disso, solicita que o governo de Macri envie ao Congresso com "caráter urgente" todas as gestões sobre a questão desde sua chegada ao poder em dezembro.
A própria Coalizão Cívica, partido que integra o "Mudemos", emitiu neste domingo um comunicado no qual questionou a declaração conjunta. O partido afirma que o texto é "lesivo para a soberania da Argentina" e também pediu que o assunto seja tratado no Congresso pela existência de uma "incompatibilidade as medidas" com uma disposição presente na Constituição.
Fonte:EFE
Reditado para:Noticias Stop 2016
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