Na Venezuela, o exército continua fiel a Nicolás Maduro. As forças armadas rejeitaram os apelos de apoio à oposição, considerando-os "desesperados e pretensiosos" e reafirmaram "lealdade absoluta" ao Presidente Nicolás Maduro, cuja reeleição é contestada.
Mais uma vez as forças armadas da Venezuela vieram a público sublinhar a “lealdade absoluta” ao Presidente Nicolás Maduro. Já o tinham feito no dia a seguir às eleições, a 28 de Julho, e voltaram a fazê-lo.
Em comunicado, o exército rejeita “firmemente as propostas desesperadas e sediciosas" da oposição que "procuram minar a nossa unidade". No documento assinado pelo ministro da Defesa, general Vladimir Padrino, é ainda reafirmada uma "lealdade absoluta ao cidadão Nicolás Maduro Moros (...), legitimamente reeleito pelo poder popular".
A oposição venezuelana, que reivindica a vitória, apelou na segunda-feira passada (05 de Agosto) ao exército, pilar do poder, para que se alinhe "ao lado do povo" contra Nicolás Maduro, proclamado vencedor das eleições presidenciais pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
"Apelamos à consciência dos militares e polícias para que se alinhem com o povo e com suas próprias famílias", escreveram num comunicado conjunto a líder da oposição Maria Corina e o candidato presidencial Edmundo González Urrutia.
A procuradoria venezuelana reagiu imediatamente e abriu uma investigação criminal contra os dois líderes por "usurpação de funções, divulgação de informações falsas, incitação à desobediência às leis, incitação à insurreição e associação criminosa".
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ratificou na sexta-feira passada a vitória de Nicolás Maduro com 52% dos votos. Mas, segundo a oposição, González Urrutia venceu a eleição com 67% dos votos.
Os distúrbios que se seguiram à proclamação da vitória do presidente cessante já provocaram pelo menos 24 mortos, de acordo com um balanço divulgado na terça-feira por organizações de defesa dos direitos humanos.
Do outro lado, Nicolás Maduro anunciou a morte de dois membros da guarda nacional e a prisão de mais de 2.000 pessoas. Além disso, prometeu continuar a repressão contra o que qualifica de uma tentativa de "golpe de Estado imperialista".
Maduro apela, ainda, ao boicote da aplicação WhatsApp, afirmando que militares e responsáveis locais que defendem a sua reeleição receberam "ameaças" através da plataforma.
Vários países, incluindo os Estados Unidos e a Argentina, reconheceram González Urrutia como o vencedor do sufrágio. A União Europeia exige a publicação completa das actas de votação para se posicionar.
Fonte:da Redação e da RFI
Reeditado para:Noticias do Stop 2024
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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