entre as nações da região do Golfo Pérsico e os “Zanj” (os negros) da “Bilad as Sofala”, que incluía grande parte da costa norte e centro do actual Moçambique.
Estima-se que foi entre o século I e III que surgiram os primeiros povos no território moçambicano. Os povos bantu introduziram a metalurgia do ferro, a agricultura e a actividade pecuária.
No século IX, o país já possuía negócios importantes, como o comércio de marfim, acreditando-se que também existisse o de ouro. Moçambique já era próspero no final do século XV, época em que chegaram os portugueses.
Desde 1502 até meados do século XVIII, os interesses portugueses em Moçambique ficaram sob a administração da Índia Portuguesa.
O primeiro estágio de colonização portuguesa constituiu-se no século XVII, com a criação dos "prazos", uma espécie de feudos doados ou conquistados.
Em 1914, os portugueses conseguiram a "ocupação efectiva" requerida pelas autoridades europeias, em 1885, na Conferência de Berlim para justificar os direitos do império.
A ocupação colonial nunca foi pacífica. Até ao início do Séc. XX, chefes tribais como Mawewe, Ngungunhana e Komala resistiram fortemente à ocupação.
A guerra da libertação
Após a 2ª Guerra Mundial (1939-1945), a descolonização entrou na ordem do dia. A Grã-Bretanha deu o primeiro passo e as suas colónias iniciaram, nesta altura, o processo de independência. A ditadura de Salazar em Portugal (1932-1968) contrastava com esta política, pois estava determinada em continuar nas colónias.
À semelhança do que aconteceu noutras colónias portuguesas, também Moçambique se levantou contra a ocupação colonial portuguesa e iniciou, a 25 de Setembro de 1964, a luta armada conduzida pela FRELIMO - Frente de Libertação de Moçambique.
Durante a luta pela libertação, lideraram o Movimento, primeiro, Eduardo Chivambo Mondlane e, após a sua morte a 3 de Fevereiro de 1969, Samora Moisés Machel, que assumiu a Presidência da República a 25 de Junho de 1975.
A partir de 1977, a RENAMO – Resistência Nacional de Moçambique – iniciou uma guerra civil que só terminou em 1992 com a assinatura do acordo de paz entre os dois Movimentos.
Em 1994, tiveram lugar as primeiras eleições ganhas pelo Presidente Joaquim Alberto Chissano, que sucedeu a Samora Machel na Direcção da FRELIMO e na Presidência da República após a morte deste num acidente de aviação, na África do Sul.
Actualmente, Moçambique é um país democrático, com a realização de eleições livres nos prazos previstos na Constituição.
Em 2011, deu-se um novo ponto de viragem no país e na sua economia. Moçambique tornou-se num exportador mundial de minerais, com a sua primeira exportação de carvão.
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