disputa democrata, o senador Bernie Sanders venceu e se manteve na briga.
"Vamos vencer em novembro e vamos vencer de lavada, e será a América primeiro", previu Trump, após o anúncio de sua vitória em Indiana e da desistência de Ted Cruz.
"Foi um dia incrível. Não esperava isto. Agora quero trazer a unidade ao Partido Republicano. Temos que fazer isto".
Em seu discurso, Trump agradeceu Ted Cruz por seu gesto de admitir que os eleitores conservadores preferiram outro candidato.
Trump também enviou uma clara mensagem ao presidente do Partido Republicano, Reince Priebus, dizendo que "ele tinha 17 egos, e imagino que agora tenha apenas um", em referência aos 17 pré-candidatos republicanos do início da campanha.
Em mensagem no Twitter, Priebus admitiu que Trump possivelmente será indicado como candidato presidencial em novembro, e pediu a união dos conservadores em torno do polêmico bilionário.
"Donald Trump será, provavelmente, o indicado. Todos devemos nos unir e nos concentrar em derrotar Hillary Clinton", escreveu Priebus pouco depois do ultraconservador Ted Cruz jogar a toalha.
"Hoje deixamos tudo em Indiana. Demos tudo o que podíamos, mas o eleitores escolheram outro caminho e, por este motivo, é com o coração pesado mas otimismo no futuro desta Nação que estamos suspendendo nossa campanha", disse Cruz para seus partidários.
De acordo com projeções divulgadas pelas redes de televisão, Trump obteve cerca de 50% dos votos em Indiana.
Trump precisa de 235 delegados para garantir a indicação e evitar uma difícil e imprevisível negociação na convenção Republicana, prevista para julho, em Cleveland. Nesta terça, somou ao menos 30 dos 57 delegados de Indiana.
Ted Cruz e o moderado governador de Ohio, John Kasich, apostaram tudo em uma estratégia para evitar que Trump ganhasse em Indiana e ampliasse as chances de obter a indicação antes da convenção partidária.
Matematicamente sem chance de obter a maioria necessária, Cruz esperava que Indiana servisse para conter o avanço de Trump e impedi-lo de chegar aos 1.237 delegados que vão garantir a candidatura.
Cruz, do movimento ultraconservador Tea Party, havia prometido lutar "até o final", buscando uma consagradora vitória na Califórnia, onde há 475 delegados em disputa.
Na primária democrata em Indiana, Sanders venceu Hillary Clinton, um resultado que lhe permite manter as esperanças, apesar da ampla vantagem da ex-senadora.
"A equipe de Clinton pensa que esta campanha está liquidada, mas estão enganados. Talvez esteja terminada para o 'estabilishment" do partido, mas os eleitores de Indiana têm uma ideia diferente. A campanha não acabou para eles", disse Sanders.
O senador admitiu que "temos um caminho difícil até a vitória, mas estamos brigando em desvantagem desde o primeiro dia desta campanha".
De acordo com as projeções das redes de TV, Sanders derrotou Clinton por sete pontos de vantagem. Como os democratas distribuem seus delegados de forma proporcional, o resultado não altera de forma perceptível a disputa.
Para reverter a avassaladora marcha de Clinton a caminho da indicação, Sanders precisava vencer de forma esmagadora para reduzir a diferença no número de delegados.
Com 2.176 delegados já em sua conta, Hillary Clinton necessita apenas de 20% dos mil delegados ainda em disputa para selar sua candidatura, que exige 2.383.
Como a distribuição de cada estado é proporcional, a pré-candidata soma delegados mesmo quando Sanders ganha. Os democratas distribuem 83 delegados em Indiana.
A ex-senadora e candidata favorita democrata parece já ter virado a página em Indiana, focada em responder aos ataques de Trump.
"Por favor, vamos nos concentrar em Hillary", afirmou Trump a uma multidão em ato na segunda-feira, acusando a ex-senadora de ser "desonesta".
"As pessoas têm jogado coisas sobre mim por 25 anos, e aqui estou: a ponto de ser a primeira mulher nomeada por um partido nacional para ser presidente", declarou Hillary Clinton em West Virginia, que vota em uma semana, rebateu.
Matéria atualizada às 08h38 de 04/05/2016
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