O Partido Popular (PP) do primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, continua à frente das sondagens a uma semana das eleições legislativas do próximo domingo (20), porém sem perspetivas de conseguir uma maioria absoluta.
Aliás, nenhum partido deverá conseguir ultrapassar essa barreira, conseguir 176 deputados, de um total de 350, o que significa que, tal como aconteceu em Portugal, os partidos com menos votos podem revelar-se essenciais para a formação de um Governo estável. Rajoy deve ser reeleito, com pelo menos 25% dos votos, seguido pelos socialistas do PSOE, com pelo menos 20%, pelos Ciudadanos com 19% e pelo Podemos com cerca de 18%.
A sondagem que dá maior percentagem de votos para o PP é a da Sigma Don, elaborada para o El Mundo, com 27,2% (114-119 deputados), projeção que estima 20,3% para o PSOE (76-81), 19,6% para o Ciudadanos (62-69) e 18,4% para o Podemos (56-60). Já, por exemplo, a projeção da Metroscopia, para o El País, atribui uma percentagem mais modesta para o PP, com 25,3% (105-112 deputados) 21% para o PSOE (85-94), 19,1% para o Podemos (55-64) e 18,2% para o Ciudadanos (53-67).
Os partidos mais pequenos, como o Ciudadanos e o Podemos parecem estar longe de vencer as eleições, mas podem vir a tornar-se importantes para a formação de uma coligação, como aconteceu em Portugal. Ou, Rajoy pode tentar governar com um Executivo minoritário, porém com dificuldades.
Vale destacar a queda nas sondagens do Ciudadanos, que há duas semanas estava à frente do PSOE e agora está em quarto lugar, porém, com 18 a 19% nas sondagens, pode ser um dos partidos valiosos numa eventual coligação.
A lei espanhola não permite que se divulguem novas sondagens até à data das eleições, pelo que estas são as últimas projeções antes do dia de votos.