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Sexta, dez.

Novo dia de primárias nos EUA é prova para Clinton e Trump

Hillary Clinton: ela precisa ganhar o caucus (assembleias de eleitores) de Nevada para aumentar o moral de seus partidários

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O dia poderá responder algumas interrogações no processo das primárias, que se prolonga até junho e de onde sairão os candidatos à Casa Branca dos partidos Democrata e Republicano.

Será acelerada a redução do grupo de candidatos republicanos? No começo chegaram a ser 17, mas agora só restam 6, sobreviventes das primárias em Iowa e em New Hampshire, os primeiros dois estados que se pronunciaram.

O bilionário Trump continua liderando as pesquisas, mas é seguido pelo senador Ted Cruz, o ultraconservador preferido pela direita cristã evangélica que venceu em Iowa.

A última semana foi de duros ataques. Trump chamou Cruz de mentiroso em um debate no sábado passado, depois o ameaçou com um processo por um anúncio no qual dizia que o magnata defendia o direito ao aborto no passado e, por último, chegou a trocar críticas com o papa Francisco.

Ted Cruz se mostra confiante de que continuará na competição, enquanto os candidatos restantes esperam um resultado honrável que justifique seguir com suas campanhas: o senador de origem cubana Marco Rubio, o ex-governador da Flórida Jeb Bush, o governador de Ohio, John Kasich, e o médico aposentado Ben Carson.

Rubio, Bush e Kasich tentam mostrar-se como a alternativa anti-Trump.

Jeb Bush recebeu um impulso nos últimos dias, quando seu irmão, o ex-presidente George W. Bush e sua mãe, Barbara, fizeram campanha por ele.

O moderado John Kasich, no entanto, se beneficiou de uma cobertura favorável da imprensa por seu estilo afável.

Mas as pesquisas dão uma vantagem a Marco Rubio, para quem um segundo lugar poderia resultar uma vitória. A popular governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, e muitos outros líderes do estado lhe deram seu apoio.

"Se não ganhar com a adesão destas personalidades influentes, significa dizer que está com problemas", disse à AFP Alice Stewart, assessora de Ted Cruz.

Nada definido em Nevada

Hillary Clinton tem a obrigação de ganhar o caucus (assembleias de eleitores) de Nevada para aumentar o moral de seus partidários, depois da significativa derrota em New Hampshire frente ao senador Bernie Sanders.

Embora a ex-secretária de Estado tenha um forte apoio de seu partido, que praticamente prevê uma vitória na convenção democrata de julho, seu objetivo é deter a ascensão de Sanders o quanto antes.

Clinton ganhou em 2008 de Barack Obama em Nevada, onde conta com o apoio das comunidades negra, hispânica e asiática, que representam cerca da metade dos habitantes.

"Nevada é mais representativo da população americana que Iowa ou New Hampshire", explicou à AFP Michael Green, professor de história da Universidade de Las Vegas. "Os candidatos que passam dessas primeiras etapas estão prontos para enfrentar o tipo de eleitorado que votará nas presidenciais", declarou.

Mas as pesquisas são pouco confiáveis para os caucus, por isso nada está definido.

Nos últimos dias, Clinton e Sanders se atacaram com agressividade.

A campanha da ex-primeira dama reprova Sanders por ter votado contra a regularização dos imigrantes sem documentação em 2007, enquanto os seguidores do senador exigem a publicação das transcrições dos discursos remunerados que Clinton deu no banco Goldman Sachs.

Os caucus republicanos em Nevada serão na terça-feira, enquanto os democratas terão suas primárias na Carolina do Sul no próximo sábado.

Em 1º de março ocorrerá a chamada "Super Terça", quando onze estados se pronunciarão.

 

 

 

 

Fornecido por: AFP 2016 ( STOP )

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