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Presidentes do Ruanda e da África do Sul trocaram acusações sobre o conflito na República Democrática do Congo.Rebeldes do M23 na República Democrática do Congo
O grupo rebelde M23, apoiado pelo Ruanda, capturou Goma, no leste da RDC, esta semanaFoto: Thomas Mukoya/REUTERS
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O Presidente do Ruanda, Paul Kagame, acusou o homólogo da África do Sul, Cyril Ramaphosa, de divulgar mensagens na imprensa com "distorções, ataques deliberados e até mentiras" sobre as conversas que os dois tiveram nesta semana sobre a escalada do conflito no leste da República Democrática do Congo.
"O que as autoridades sul-africanas e o próprio Presidente Ramaphosa disseram sobre essas conversas na imprensa contém muitas distorções, ataques deliberados e até mentiras", escreveu Kagame na rede social X, esta quinta-feira (30.01).
Ruanda - Presidente Paul KagameRuanda - Presidente Paul Kagame
Paul Kagame acusa o Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, de distorcer a conversa havida entre os dois nesta semana.Foto: Halil Sagirkaya/Anadolu/picture alliance
Ramaphosa divulgou um comunicado nas suas redes sociais na quarta-feira (29.01), no qual lamentou a perda de 13 militares sul-africanos em vários confrontos entre o Exército congolês e o grupo rebelde Movimento 23 de Março (M23).
Nele, afirmou que a intensificação dos combates no leste da RDC foi resultado de uma escalada do conflito entre as Forças Armadas congolesas - apoiadas por missões de paz das Nações Unidas e pela Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) - e o M23, apoiado pelo grupo Força de Defesa de Ruanda (RDF).
Diante dessas acusações, Kagame afirmou que a RDF "não é uma milícia, é um Exército" e que o próprio Ramaphosa lhe assegurou, durante uma das suas conversas, que o M23 não matou os soldados sul-africanos, mas que "foram as Forças Armadas da RDCongo (FARDC)".
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Além disso, disse que o mandatário sul-africano não expressou nenhum tipo de "advertência" em relação a Ruanda, "a não ser que o tenha feito no idioma local deles, que eu não entendo", e garantiu que Ramaphosa apenas pediu apoio ao Governo do Ruanda para garantir que os militares sul-africanos tenham "acesso adequado" a eletricidade, alimentos e água, "algo que ajudaremos a comunicar".
"É muito bom que a África do Sul queira contribuir para a busca de soluções pacíficas, mas ela não está em posição de assumir o papel de pacificadora ou mediadora. E se a África do Sul preferir o confronto, Ruanda lidará com o assunto nessa estrutura a qualquer momento", advertiu o Presidente ruandês.
Em resposta à declaração de Ramaphosa de que as Forças Armadas sul-africanas estavam presentes na RD Congo como parte da missão de manutenção da paz da SADC, conhecida como SAMIDRC, para "alcançar a paz e proteger milhares de vidas", Kagame disse que o envio dessa missão "contribuiu para o fracasso dos processos de negociação".
Fonte:da Redação e da dw
Reeditado para:Noticias do Stop 2025
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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