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Terça, dez.

CAD queixa-se de perseguição política em Manica

Política
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A Coligação Aliança Democrática (CAD) queixa-se de intolerância política na província de Manica. O partido denuncia que as suas sedes distritais foram encerradas em Vandúzi e Guro e classifica o ato como "perseguição".


As sedes da CAD em Vandúzi e Guro foram encerradas há duas semanas por pessoas ainda não totalmente identificadas, denuncia o delegado político da coligação na província de Manica, Bartolomeu Filipe José.

"Nós estamos a sofrer perseguição. A primeira perseguição foi no distrito de Vanduzi. Neste momento, falámos para o advogado, que já fez um documento que foi submetido na procuradoria do distrito de Vanduzi. O processo está em andamento", revelou.

O delegado da CAD diz que, até hoje, não entende o que determinou o encerramento das sedes distritais. Bartolomeu Filipe José suspeita que a coligação possa estar a ser vítima da "incompreensão" de um ou outro líder local, apesar do reconhecimento das autoridades distritais e provinciais.

Recorda que a CAD "é um partido reconhecido, um partido que tem estatutos, o Comando Distrital da PRM recebeu o partido, o governo distrital recebeu o partido".

O problema não fica por aqui, segundo o delegado político da CAD. Bartolomeu Filipe José alerta que os membros da CAD em Manica são intimidados quando querem realizar atividades nas comunidades.

Ação criminal 
No distrito de Guro, a norte da província de Manica, o político diz que quatro indivíduos desconhecidos destruíram o mastro e levaram a bandeira da coligação.

"Quando chegaram na nossa sede, estava ali o nosso jovem, aproximaram e disseram para retirar a bandeira imediatamente. 'Vocês não são bem-vindos aqui no distrito'. Então, o jovem saiu à procura de socorro, quando voltou, não encontrou a bandeira, nem o mastro", conta.

O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) em Manica diz que, para já, este ainda é um caso de polícia, porque não recebeu queixa dos lesados para poder mover investigações. A Polícia da República de Moçambique (PRM) não respondeu ao contacto da DW.

O jurista Faizal Castigo pede a CAD que participe a intolerância política ao Ministério Público, para que os mandantes sejam responsabilizados: "Os lesados têm aqui a possibilidade de mover uma ação criminal contra desconhecidos até que o SERNIC faça o seu trabalho no sentido de apurar quem são os verdadeiros mentores e mandantes."

Impactos 
Além disso, o jurista lembra que os próprios partidos políticos têm um papel crucial no combate à intolerância.

"Se efetivamente este cenário está a ocorrer, aconselhamos que estes partidos que estejam a fazer isso, ou os mandantes ligados aos partidos políticos que estejam a fazer isso, que deixem a rapaziada fazer o seu trabalho", apela.

A pouco mais de dois meses das eleições gerais em Moçambique, o delegado político provincial da CAD em Manica, Bartolomeu Filipe José, lamenta que as atividades dos membros da coligação estejam fragilizadas.

"Onde se começa com encerramento das sedes, o membro indefeso fica abatido. Estão a trabalhar, mas a meio gás. Não estão a trazer os frutos desejados", indicou.

 

 

 

Fonte:da Redação e da DW
Reeditado para:Noticias do Stop 2024
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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