Nampula: Vogal do MDM denuncia ameaças de morte

Política
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Vogal da Comissão Provincial de Eleições de Nampula, indicado pelo MDM, denuncia que está a sofrer ameaças de morte. Luciano Tarieque suspeita de motivações políticas. As autoridades policiais dizem que vão investigar.


Luciano Tarieque, vogal da Comissão Provincial de Eleições de Nampula, indigitado pelo Movimento Democrático deMoçambique (MDM), denuncia que está a ser ameaçado de morte, por indivíduos desconhecidos, desde segunda-feira à noite (22.07). O vogal conta, em declarações à DW, que recebeu uma chamada de "uma pessoa" – não identificada – que disse ter sido "mandatada desde o ano passado" para o matar.

"Se o deixámos em vida é porque nós quisemos", terá dito ainda o mesmo indivíduo por telefone, explicando a Tarieque ter recebido ordens de "uma das pessoas do STAE [Secretariado Técnico de Administração Eleitoral] provincial".

O vogal conta que os indivíduos lhe sugeriram que pagasse 30 mil meticais (cerca de 430 euros) para desistirem da execução do plano. Mas afirma ter rejeitado a proposta.

À DW, sem gravar entrevista, o presidente da Comissão Provincial de Eleições em Nampula, Daniel Ramos, disse ter sido apanhado de surpresa pela denúncia, porque, segundo refere, fala frequentemente com o vogal do MDM. A chefe do gabinete de comunicação do STAE provincial, Josina Taipo, também disse desconhecer o caso. Por isso, preferiu não tecer qualquer comentário.

Luciano Tarieque diz que não descarta a possibilidade de tais ameaças estarem relacionadas com questões políticas, devido à sua frontalidade, depois de, nas eleições passadas, ter denunciado ilícitos eleitorais.

"Se calhar, como somos tão implacáveis, isso ameaça os outros", comenta. O vogal contou ter estado já, na manhã desta terça-feira (23.07), no Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC). "Espero que o pessoal da investigação criminal busque essas pessoas, se tiverem vontade de investigar."

Tarieque não vai vergar
A DW contactou o SERNIC, em Nampula, sobre o caso. Uma fonte oficial, que não quis gravar entrevista, disse que ainda não tinha sido notificada para o efeito, mas assegurou que será aberta uma investigação assim que o cidadão em causa participar o caso.
Luciano Tarieque conta que esta não é a primeira vez em que é visado por criminosos. "No ano passado, eu sofri uma vandalização na minha casa, depois das eleições", recorda. "Vieram gatunos à minha casa, vandalizaram a minha viatura. Nós estamos preparados psicologicamente para sermos assassinados a qualquer altura", desabafa.

Ainda assim, Tarieque diz que não vai vergar e vai continuar a lutar até que chegue "a salvação do povo que continua oprimido" desde a independência do país, em 1975.

Gamito dos Santos, defensor dos direitos humanos, refere que a sua organização já tomou conhecimento das ameaças denunciadas pelo vogal da Comissão Provincial de Eleições.

"Nós queremos repudiar este ato, que não traz um bom nome para a nossa sociedade", reagiu o ativista, para quem esta ameaça constitui um atentado à violação dos direitos básicos fundamentais. "Queremos pedir a quem de direito, neste caso as autoridades, que trabalhem. Acho que têm elementos suficientes para encontrarem os meliantes, uma vez que as ligações [o número de telefone] não foram anónimas", reforçou.

O ativista moçambicano teme que mais situações do género aconteçam, nas próximas semanas, com o aproximar das eleições gerais, marcadas para 9 de outubro. 

 

 

 

Fonte:da Redação e da DW
Reeditado para:Noticias do Stop 2024
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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