
No relatório publicado a cada dois anos e divulgado esta quinta-feira, a pontuação de Portugal (4,74 num máximo de sete) é beneficiada pelo avaliação nos parâmetros da segurança (6,3), higiene e saúde (6,3), equipamentos turísticos (6,3) e recursos humanos (5,2).
A segurança concede mesmo a Portugal a melhor posição – 11.º lugar entre os 136 países avaliados. Na saúde, o país ocupa o 27.º lugar da tabela.
Face a 2015, Portugal subiu um lugar e melhorou em uma décima a pontuação.
Preços e impostos prejudicam
O ambiente empresarial do sector turístico e os preços praticados não ajudam ao desempenho do país. No ambiente de negócios, Portugal está em 54.º lugar na tabela, surgindo como item mais desfavorável o efeito fiscal e os incentivos ao investimento e ao trabalho (126.º lugar). Na batalha dos preços, o país está a meio da tabela – 73ª posição, entre 136 países.
O Fórum esmiuça 14 critérios que interferem na atração dos turistas, desde o ambiente de negócios ao mercado de trabalho ou a eficiência das tecnologias de informação.
No caso português, as notas mais fracas do Fórum registam-se nas infraestruturas aéreas, recursos naturais, património cultural e viagens de negócios, todas com a pontuação de 3,9. Nestes três parâmetros, Portugal está em linha com a média da Europa do Sul.
No domínio dos preços (nota de 4,8), Portugal surge em melhor posição do que Espanha (4,5) ou Grécia (4,7) e a média a Europa do Sul (4,5). Mas na avaliação global perde para países de outras geografias.
Espanha lidera
Na liderança do ranking surge a Espanha (5,4 pontos), que bate pela primeira vez França e Alemanha. No turismo, Portugal é mais competitivo para Forúm Económico Mundial do que países como a China (15.º lugar), Holanda (17.º), Suécia (20.º) ou Brasil (27.º). A Grécia é o país da Europa do Sul com pior pontuação e caiu sete lugares (24.º).
O relatório do Fórum acentua que o negócio do turismo continua a crescer bem acima da economia mundial. Um em cada 10 novos empregos resulta do sector.
A indústria contribuiu com 7,6 biliões de dólares (7 biliões de euros) para a economia global e pesa 10,2% da riqueza produzida. No caso português, o turismo pesa também 10% do Produto Interno Bruto.
Em 2016, os aeroportos mundiais registaram mais 46 milhões de passageiros. Em 2030, o Fórum aponta para um mercado de 1,8 mil milhões de turistas.
EXPRESSO
Reeditado:Celeste
