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Terça, nov.

«Acabou a petrodólar mania», segundo José Severino

«Acabou a petrodólar mania», segundo José Severino

Economia
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O FMI anunciou que Angola solicitou um programa de assistência para os próximos três anos, cujos termos serão debatidos nas Reuniões de Primavera, em Washington, e numa visita ao país. 

"É uma boa notícia, que vem atrasada. Mas mais vale tarde do que nunca", comentou ainda José Severino, recordando que a quebra da cotação do barril de crude no mercado internacional desde 2014 e o arrefecimento do crescimento económico da China - que compra metade do petróleo angolano - tornaram a "chamada do FMI" a Angola "inevitável". 

"Em Novembro de 2014 já a AIA dizia que a restruturação da economia angolana ia doer. E tinha que doer porque nós vínhamos da 'petrodólar mania', nós vínhamos da cultura de uma dependência externa [importações] que não era sustentável e isso acabou. Agora precisamos de governar o país como governam todos os outros e muitos deles não têm petróleo, mas têm estabilidade", enfatizou José Severino. 

Para o presidente da AIA, o FMI "será bem-vindo" a Angola, por obrigar o país a fazer uma "política de acerto": "Partimos tarde, mas temos de o fazer", disse ainda. 

Combater "com coerência" a evasão fiscal, racionalizar a despesa pública e o tamanho do aparelho do Estado, promover a aposta em sectores primários como a produção agrícola no interior ou facilitar o investimento estrangeiro para diversificar a actividade indústria e fomentar as exportações são bandeiras que a AIA espera ver desenvolvidas neste programa de assistência. 

O Ministério das Finanças justificou hoje o pedido de um programa de assistência do FMI com a necessidade de aplicar políticas macroeconómicas e reformas estruturais que diversifiquem a economia e respondam às necessidades financeiras do país. 

O presidente da AIA entende que parte das medidas que o FMI poderia exigir, no âmbito deste programa de assistência, até já foram implementadas, como o corte total no subsídio aos combustíveis, apoio que permitia manter os preços da gasolina e do gasóleo artificialmente baixos e que em definitivo terminou no final de 2015. 

"Medidas no sentido de que quando o FMI chegasse já tivéssemos alguns caminhos feitos de acordo com as suas políticas (...) Era insuportável estarmos a deitar ao lixo cinco mil milhões de dólares em subsídios [aos combustíveis]", concluiu.

 

 

 

Fornecido por:Angonoticias 2016 ( Stop.co.mz )

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