Os ganhos do trimestre de dezembro da Apple superaram as expetativas dos analistas. No entanto, as vendas na China registaram o maior declínio anual desde o mesmo trimestre de 2023.
A Apple divulgou os resultados do primeiro trimestre fiscal de 2025, mostrando que as vendas na China caíram 11% em relação ao mesmo trimestre do ano fiscal de 2024. Apesar disso, as ações da Apple subiram mais de 3% nas negociações fora de horas. Os investidores estão optimistas quanto às suas perspectivas de crescimento na Apple Intelligence, enquanto a gama diversificada de produtos da Apple contribuiu para o crescimento global das receitas.
A Apple continua a ser a maior empresa do mundo, com uma capitalização bolsista de 3,58 biliões de dólares (3,43 biliões de euros), tendo as suas ações caído 4,56% este ano, no fecho do mercado a 30 de janeiro.
Um trimestre recorde
As vendas globais da Apple aumentaram 4% para 124,30 mil milhões de dólares (119,2 mil milhões de euros) durante o trimestre de dezembro, o que constitui um número trimestral recorde. A empresa também alcançou um lucro recorde, com ganhos por ação de 2,4 dólares (2,3 euros), mais 10% do que no ano anterior. A margem bruta foi de 46,9%, em comparação com a estimativa de 46,5%.
Além disso, os dispositivos ativos da Apple atingiram um recorde de 2,35 mil milhões a nível mundial, em comparação com 2,2 mil milhões há um ano. O diretor financeiro, Kevan Parekh, afirmou: "Estamos também satisfeitos por a nossa base instalada de dispositivos ativos ter atingido um novo máximo histórico em todos os produtos e segmentos geográficos".
O CEO Tim Cook indicou que as compras de fim de ano apoiaram as vendas: "Ficámos entusiasmados por oferecer aos clientes a nossa melhor linha de produtos e serviços de sempre durante a época festiva".
No entanto, as vendas do maior segmento da Apple, a série iPhone, caíram ligeiramente em relação ao ano passado devido a um declínio acentuado na China. Noutras categorias de produtos, as novas séries iPad e MacBook contribuíram para o crescimento global, tendo ambas registado um aumento de 15% nas vendas em relação ao ano passado. Entretanto, as vendas de produtos Apple Wearables, incluindo o Apple Watch, AirPods, Bests e Apple Vision Pro, registaram uma queda de 2% em termos anuais.
A receita de serviços continuou um ponto positivo, aumentando 14% em termos homólogos. A divisão, que inclui a Apple TV+, o iCloud e as App Stores, é um fator essencial para a rentabilidade da Apple. A empresa prevê que os serviços da Apple registem um crescimento baixo de dois dígitos no trimestre em curso.
Fraqueza contínua na China
As vendas da Apple na Grande China, incluindo continente, Hong Kong e Taiwan, caíram 11.1%, perfazendo a maior queda desde o mesmo trimestre de 2023. A Grande China é o terceiro maior mercado da Apple e registrou um declínio nas vendas anuais ao longo de 2024, devido à crescente concorrência de marcas locais, como Huawei e Xiaomi, juntamente com a baixa procura geral do consumidor. "Em última análise, os investidores não têm uma Apple muito brilhante agora", escreveu Josh Gilbert, analista de mercado da eToro Australia, numa nota.
O trimestre de dezembro é o primeiro trimestre completo após o lançamento da série de aparelhos iPhone 16, e a desaceleração também pode sugerir que a Apple Intelligence ficou atrás de outros gigantes da tecnologia no lançamento de seus produtos apoiados por inteligência artificial.
Durante uma entrevista à CNBC, Cook indicou que o declínio na China se deveu em parte a atrasos no lançamento do Apple Intelligence, que só está disponível em algumas regiões de língua inglesa. O responsável referiu que as vendas do iPhone 16 foram melhores nos países onde o software de IA está disponível do que naqueles onde não está.
"Estamos a desbloquear novas possibilidades para os nossos utilizadores com o Apple Intelligence, que torna as aplicações e experiências ainda melhores e mais pessoais. E estamos entusiasmados com o facto de o Apple Intelligence estar disponível em ainda mais idiomas em abril", comentou no relatório de resultados.
Fonte:da Redação e da euronews
Reeditado para:Noticias do Stop 2025
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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