O ataque mais violento aconteceu em uma ponte da cidade de Tartus, e deixou 30 mortos e 45 feridos. Um carro-bomba explodiu e pouco depois um homem-bomba detonou os explosivos amarrados a seu corpo no meio das pessoas que tentavam socorrer os feridos da primeira explosão.
Os atentados não foram reivindicados, mas o grupo Estado Islâmico (EI) já atacou diversas vezes as cidades atingidas nesta segunda-feira.
"Os ataques foram executados tendo, claramente, como alvos posições das forças de segurança", disse Rami Abdel Rahman, diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Os atentados acontecem pouco depois de o EI ter perdido suas últimas posições ao longo da fronteira com a Turquia, assim como do sucesso do exército sírio e seus aliados ao cercar os bairros rebeldes de Aleppo.
Tartus conseguiu ficar por muito tempo à margem da violência da guerra na Síria, que provocou 290.000 mortes desde 2011 e obrigou milhões de pessoas a fugir de suas casas.
Mas no dia 23 de maio vários atentados, incluindo ataques suicidas reivindicados pelo EI, deixaram mais de 170 mortos em Tartus e em outro reduto do regime, Jableh.
Outros ataques na região nordeste do país provocaram oito mortes nesta segunda-feira em Hasake, uma localidade controlada quase por completo pelas milícias curdas, apesar do regime estar presente em algumas áreas.
Além disso, a explosão de um carro-bomba deixou quatro mortos e sete feridos em Homs (centro), segundo a agência oficial Sana.
Outra explosão também foi registrada em uma estrada na zona oeste da capital, Damasco. Uma pessoa morreu e três ficaram feridas.
- Fracasso diplomático no G20 -
A Síria também é destaque na reunião do G20 na China, onde Estados Unidos e Rússia fracassaram na tentativa de alcançar um acordo sobre a guerra no país por causa das divergências persistentes, informou uma fonte diplomática americana.
As negociações entre o secretário de Estado americano, John Kerry, e o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, terminaram sem acordo, segundo a fonte.
No domingo, Washington acusou Moscou de ter recuado em alguns pontos das negociações, o que tornou impossível um acordo entre as duas potências.
Estados Unidos e Rússia, que executam ataques aéreos na Síria contra os extremistas, mas de modo separado, discordam sobre o futuro do presidente Bashar al-Assad, que continua atacando a oposição síria com o apoio da Rússia.
Fonte:AFP
Reditado para:Noticias Stop 2016
Fotografias:Getty Images / Reuters
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