"A aviação bombardeou (apenas) um campo de treinamento" dos rebeldes xiitas huthis na região de Saada, disse à AFP o general saudita Ahmed al Asiri, pouco após a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) informar sobre a morte de dez crianças no ataque aéreo contra uma escola.
Os rebeldes "utilizam as crianças como recrutas", acrescentou Al Asiri, desmentindo que uma escola fosse o alvo da coalizão dirigida pela Arábia Saudita.
A Médicos Sem Fronteiras afirmou neste domingo que os bombardeios da coalizão árabe contra uma escola mataram 10 crianças e outras 28 ficaram feridas. A Unicef confirmou o bombardeio aéreo contra esta escola do norte do Iêmen e a morte de várias crianças de 6 a 14 anos.
"Esperávamos que, em vez de ir chorar aos meios de comunicação, a MSF tomasse medidas para deter o recrutamento de crianças durante as guerras", disse o general Al Asiri.
O porta-voz militar reiterou que o alvo do ataque de sábado foi um grande campo de treinamento, e não uma escola corânica, cujo resultado foi a morte do responsável do campo Abu Yahya Abu Rabaa e de um número indeterminado de rebeldes xiitas huthis.
"Estivemos em contato com o governo iemenita" e "não há escolas neste setor, é o centro (de treinamento) Al Huda", afirmou o responsável saudita. "Nossa pergunta é a seguinte: O que crianças fazem ali?".
O general Al Asiri acusa os rebeldes de "recrutar crianças e de utilizá-las como exploradores, guardas, mensageiros e combatentes".
Mais de 6.400 pessoas morreram desde a explosão do conflito no Iêmen entre rebeldes xiitas huthis aliados ao ex-presidente Ali Abdullah Saleh e as forças leais ao governo do presidente Abd Rabo Mansur Hadi, apoiado pela coalizão árabe sunita dirigida pelos sauditas.
Fonte:AFP
Reditado para:Noticias Stop 2016
Fotografias:Getty Images / Reuters
Tópicos:Iêmen, Violência urbana