Os insurgentes anunciaram em um comunicado a intenção de executar "ataques de grande envergadura contra posições inimigas em todo o país país" na chamada "Operação Omari", que tem o nome do mulá Omar, fundador do movimento talibã que teve a morte anunciada no ano passado.
A ofensiva de primavera dos talibãs geralmente marca o início da temporada de combates no Afeganistão após a trégua do inverno, que este ano foi marcado, no entanto, por confrontos em todo o país.
Os talibãs anunciaram operações "executadas por mártires contra redutos inimigos", ou seja, atentados suicidas como os que são cometidos contra a polícia e o exército do país, que os insurgentes chamam de "lacaios" das forças estrangeiras.
Na segunda-feira, 12 soldados morreram em um atentado no leste do país reivindicado pelos talibãs, que iniciaram a insurreição após a queda de seu regime, em 2001.
Os 13.000 soldados da Otan que permanecem no país são outros alvos dos talibãs, que desejam "desmoralizar e obrigar a saída do país" destes militares, segundo o comunicado divulgado pelos talibãs.
A saída dos soldados estrangeiros é uma das principais exigências dos talibãs para retornar à mesa de negociações.
No ano passado aconteceu a primeira negociação direta com os talibãs no Paquistão, mas que foi interrompida após o anúncio da morte do mulá Omar.
Para tentar retomar as negociações, representantes do Afeganistão, Paquistão, China e Estados Unidos se reúnem periodicamente em Islamabad e Cabul desde janeiro, até agora sem resultados.
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