muçulmanos rohingyas fugindo da violência em Mianmar.
Uma repressão do Exército desencadeada por um ataque de insurgentes rohingyas às forças de segurança de Mianmar em 25 de agosto levou ao assassinato de ao menos 400 pessoas e a um êxodo de quase 125 mil rohingyas para Bangladesh, o que provocou uma grande crise humanitária.
Quando indagado se Bangladesh apresentou uma queixa, o secretário de Relações Exteriores, Shahidul Haque, respondeu “sim”, sem entrar em detalhes. Três outras fontes do governo confirmaram que uma nota de protesto foi enviada por fax a Mianmar na manhã desta quarta-feira dizendo que o país de maioria budista está violando normas internacionais.
“Bangladesh expressou a Mianmar uma grande preocupação com as explosões muito perto da fronteira”, disse uma fonte com conhecimento direto da questão à Reuters, pedindo para não ser identificada devido à delicadeza do assunto.
Uma fonte militar de Mianmar disse que minas terrestres foram instaladas ao longo da divisa nos anos 1990 para evitar invasões e que desde então os militares tentaram retirá-las – mas nenhuma foi plantada recentemente.
Duas fontes da Bangladesh disseram à Reuters que acreditam que forças de segurança de Mianmar estão colocando as minas em seu território ao longo da cerca de arame farpado posicionada entre uma série de pilares na fronteira. Ambas afirmaram que seu país soube das minas principalmente graças a provas fotográficas e a informantes.
“Nossas forças também viram de três a quatro grupos trabalhando perto da cerca de arame farpado, colocando algo no solo”, disse uma das fontes. “Depois confirmamos com nossos informantes que eles estavam instalando minas terrestres”.
As fontes não esclareceram se os grupos usavam uniforme, mas acrescentaram estarem certas de que não se tratava de insurgentes rohingyas.
Manzurul Hassan Khan, uma autoridade da guarda de fronteira de Bangladesh, disse à Reuters mais cedo que duas detonações foram ouvidas na terça-feira do lado de Mianmar depois de duas outras na segunda-feira que alimentaram a especulação de que forças de Mianmar haviam plantado minas.
Fonte:da Redação e Por da Reuters
Reditado para:Noticias do Stop 2017
Fotografias:Getty Images/Reuters/EFE/AFP