Numa história oral, o cineasta Portman, Jim Parsons, Jean Smart, James Mercer, Pam Abdy, Gary Gilbert e outros recordam a produção do filme independente aclamado pela crítica de 2004, que passou de lutar para ser financiado a fazer parte de um acordo incomum em Sundance.
Arden State foi lançado nos cinemas a 28 de julho de 2004, contando a história excêntrica sobre um ator em dificuldades que encontra o amor e um novo fôlego depois de regressar à sua cidade natal após a morte da sua mãe.
A comédia dramática, que atualmente tem uma classificação de frescura de 86% no Rotten Tomatoes, arrecadou mais de 35 milhões de dólares nas bilheteiras mundiais e ganhou o prémio de melhor filme de estreia nos Independent Spirit Awards de 2005. A sua aclamada banda sonora também fez com que os fãs fossem diretamente do cinema para a loja de discos mais próxima, com o álbum a superar mais tarde Kill Bill Vol. 2 e Shrek 2 para o Grammy de melhor compilação de banda sonora.
Apesar de ser realizado e protagonizado por Zach Braff, que se estava a tornar uma grande estrela de TV em Scrubs, e protagonizado por Natalie Portman, Garden State enfrentou vários obstáculos. Lutou para garantir financiamento e acabou por ser realizado com um orçamento limitado de 2,5 milhões de dólares. No entanto, com uma atitude engenhosa de Braff e dos produtores, fizeram o filme e levaram-no para Sundance, onde foi comprado numa joint-venture invulgar entre a Fox Searchlight e a Miramax.
Para celebrar o 20º aniversário de Garden State, o The Hollywood Reporter revisitou a produção do filme através de uma série de entrevistas com o seu elenco e equipa técnica - incluindo as estrelas Braff, Portman, Jim Parsons e Jean Smart, bem como o vocalista dos The Shins, James Mercer, e os produtores.
“SINAL DO UNIVERSO”
Insatisfeito com a sua carreira pós-escolar de cinema na cidade de Nova Iorque, Braff mudou-se para Los Angeles e trabalhou como empregado de mesa num restaurante franco-vietnamita. Inspirado pelas suas experiências de vida – desde o local de trabalho até às visitas ao neurologista – começou a recolher ideias para um guião que mais tarde acabaria por se tornar Garden State. Equilibrar a sua carreira de ator com os seus objetivos cinematográficos revelou-se um desafio, pois viu-se a procrastinar no ajuste fino do seu guião. Braff foi então escalado para o papel principal na sitcom médica Scrubs em 2001. Com o salário do piloto a permitir-lhe sustentar-se financeiramente e abandonar o seu emprego de serviço, o período de espera para a retirada de Scrubs revelou-se o impulso que Braff precisava para terminar o seu guião.
ZACH BRAFF, argumentista e realizador, Andrew Largeman: Enquanto esperava para descobrir o que aconteceria a Scrubs, disse a mim mesmo: “Este é o sinal do universo. Agora já não tem desculpa. Tem algum dinheiro no seu banco. Tens uma mesa de jantar e um computador portátil e, se o programa acabar, este será o catalisador perfeito para, pelo menos, ler o teu guião.” Nos quatro ou cinco meses seguintes, trabalhei realmente todos os dias, concentrei-me e juntei tudo. Eu escrevi, depois o Scrubs começou e foi um sucesso. Pensei: “Isto vai funcionar [de qualquer maneira], mas vai certamente colocar o guião no topo da pilha, porque estou num programa de TV popular agora”. O que aconteceu foi que o entreguei aos meus agentes e nada aconteceu.
Fonte:da Redação e da hollywoodreporter
Reeditado para:Noticias do Stop 2024
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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