
nesta quinta, quando o governo federal autorizou, em decreto, o pagamento da multa de 350 milhões de pesos (R$ 70 milhões) referente à rescisão de contrato do Fútbol para Todos. O dinheiro deve cair na conta dos clubes ainda nesta quinta.
O programa, uma das bandeiras dos governos Kirchner, garantia o financiamento do futebol no país. O governo federal garantia a transmissão de todos os jogos do Campeonato Argentino e bancava os clubes. Mas o Fútbol para Todos foi encerrado pelo presidente Mauricio Macri e os clubes se viram sem dinheiro. Desde maio, não recebem cotas de televisão.
Por isso, de acordo com o sindicato dos jogadores, o Futebolistas Argentinos Agremiados, conhecido apenas como "Agremiados", em alguns clubes os salários estão atrasados desde agosto do ano passado. Sergio Marchi, secretário-geral da entidade, garante que, se as dívidas não forem pagas, o Campeonato Argentino não recomeça. O torneio deveria ter voltado na primeira semana de fevereiro.
"Não começaremos. O dinheiro que vai entrar nos clubes (pela rescisão) não alcança a dívida", disse na quarta-feira à noite, em declaração reproduzida pelo jornal Clarín. De acordo com o diário, os capitães dos clubes da primeira divisão dão "forte apoio" a Marchi, solidários aos jogadores da divisão de acesso, onde as dívidas são ainda maiores.
Banfield, Newell's Old Boys, Olimpo e Quilmes são alguns dos clubes mais endividados, assim como o Gimnasia y Esgrima, de La Plata, que entrou com pedido de Concurso Preventivo, uma etapa jurídica para evitar a falência, já que é incapaz de quitar suas dívidas a curto prazo.
Ainda de acordo com o Clarín, o Belgrano viajou a Buenos Aires, onde tem jogo marcado contra o San Lorenzo na sexta. Mas ninguém sabe se a partida vai mesmo acontecer – se ocorrer, como todas as outras, será sem transmissão na TV. Também na sexta, o Rosario Central recebe o Godoy Cruz, que deve viajar para Rosário nesta tarde.
Fonte:Estadão Conteúdo
Reditado para:Noticias do Stop 2017
Fotografias:Getty Images/Reuters/EFE/AFP
