Rogério Micale, comandante da Seleção olímpica do Brasil, elogiou Neymar neste sábado (20 de agosto) pela decisão de deixar Tite livre escolher outro capitão para a equipe principal e revelou sempre ter certeza de que o camisa 10 deveria liderar os agora medalhistas de ouro em campo.
"É um gesto nobre da parte dele, assim como fez comigo. Eu já tinha decidido que ele seria o capitão, porque era o jogador que tinha essa condição. Ele vem demonstrando maturidade quanto às atitudes dele, e aqui se mostrou um líder, sempre dedicado", afirmou o treinador.
Micale preferiu não classificar Neymar entre os grandes craques brasileiros de todos os tempos, mas exaltou a trajetória recheada de conquistas em clubes e também com a camisa do Brasil, desde as divisões de base.
"Eu não sei mensurar em que nível ele está, porque é difícil comparar. Cada um teve sem momento, mas ele está caminhando para ser um dos grandes. E está conseguindo isso com títulos, o que é o mais importante", avaliou o técnico baiano.
Volta por cima do Brasil
Se a medalha de ouro veio na Rio 2016, Micale acredita que essa geração ainda pode chegar mais longe e escrever uma nova página a partir da conquista deste sábado no Maracanã.
"Nosso futebol não está morto. Acredito muito na capacidade dos nossos jogadores. Temos muito o que oferecer para o futebol mundial", disse o treinador.
Segundo ele, havia um peso grande pela conquista, e todos os integrantes da comissão técnica e jogadores sabiam disso, especialmente depois do fracasso na Copa do Mundo, com goleada sofrida para a Alemanha por 7 a 1, nas semifinais.
"É uma conquista que nós almejávamos há muito tempo. É uma responsabilidade que toda a equipe olímpica carrega, por ser o esporte número 1 do país. Foi uma fase que passou, então agora vamos ter mais tranquilidade no futuro", avaliou.
Micale lembrou que o fatídico jogo no Mineirão gerou muita discussão no Brasil, mas que hoje o objetivo era deixar toda a história que envolvia a derrota para trás, já que se tratava do mesmo adversário, embora com jogadores diferentes dos dois lados.
"Enfrentaríamos um time muito forte, de um país com excelência em fazer futebol, mas sentíamos que precisávamos dar uma resposta, dizer que poderíamos fazer algo diferente, de competência dentro de campo. Acho que conseguimos dar uma boa resposta", disse o comandante da seleção olímpica.
Fonte:EFE
Reditado para:Noticias Stop 2016
Fotografias:Getty Images / Reuters