competição.
Esplendor", foi a promessa feita pelo realizador e encenador chinês Zhang Yimou para a concepção da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de inverno de Pequim, 14 anos depois de já ter organizado as festividades dos jogos de 2008. Na altura, a cerimónia grandiosa envolveu 14 mil figurantes, bailarinos, acrobatas evoluindo no meio de fogos-de-artifício e efeitos especiais. Agora o dispositivo é, por assim dizer, mais minimalista, com "só" 3 mil artistas, devido à pandemia.
A China espera projectar uma imagem positiva com estes Jogos Olímpicos que decorrem num contexto de pandemia e de forte tensão geopolítica, com alguns países a boicotarem diplomaticamente os jogos devido à questão das violações dos Direitos Humanos naquele país.
Longe das polémicas, encontram-se contudo em Pequim vários dirigentes, nomeadamente o secretário-geral da ONU, António Guterres, assim como o Presidente Egípcio, os chefes de Estado do Cazaquistão e do Quirguistão, o Rei da Camboja, o Príncipe herdeiro saudita, Mohamed Ben Salman e, também e sobretudo um convidado de marca para o Presidente chinês, o seu homólogo russo, Vladimir Putin.
Neste que foi o primeiro encontro presencial de Xi Jinping com um dirigente estrangeiro desde há dois anos, ambos os líderes vincaram a "sua visão comum". Os dois aliados evocaram a preparação de um novo contrato de fornecimento de 10 biliões de metros cúbicos de gás natural russo à China e, no aspecto político, Putin reafirmou "o seu apoio ao princípio de uma única China" perante as pretensões separatistas de Taiwan e tanto ele como o seu homólogo chinês marcaram a sua oposição ao alargamento da NATO e denunciaram a influência americana na Europa e na Ásia, isto numa altura em que Putin está em pleno braço-de-ferro com os países da Aliança Atlântica relativamente à crise ucraniana.
Um encontro cujo simbolismo decerto não escapará aos Estados Unidos que apesar da presença dos seus atletas na competição, optou pelo boicote diplomático juntamente com países aliados como o Reino Unido, o Canadá, a Austrália e o Japão. Por outro lado, na ausência de concertação, cada país da União Europeia adoptou posições diferentes. A França garante o serviço mínimo com a presença em Pequim da sua ministra do desporto, Roxana Maracineanu. Já os Presidentes da Polónia e da Sérvia aceitaram o convite de Pequim.
Entretanto, a milhares de quilómetros da China, centenas de tibetanos concentraram-se junto da sede do Comité Olímpico Internacional em Lausanne na Suiça, para protestar contra o que apelidam de "jogos da vergonha" e tem havido apelos à manifestação por todo o mundo hoje para denunciar o tratamento reservado aos opositores e às minorias na China.
Fonte:da Redação e da rfi
Reeditado para:Noticias do Stop 2022
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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