vencedores – ambos são igualmente espertos.
Pode até ser que gatos não busquem bolinhas como os cachorros, que não deitem e rolem sob comandos humanos, mas isso não quer dizer que sejam menos inteligentes.
Só que, até então, os felinos estavam em desvantagem nessa disputa, porque era sabido pelos cientistas que cães conseguem lembrar de eventos específicos não recentes, uma habilidade conhecida como memória episódica.
Nós, humanos, também temos esse tipo de memória “introspectiva”. Tentamos conscientemente reconstituir fatos passados, memórias únicas e individuais.
Por exemplo, quem estava vivo em 2001 lembra que no dia 11 de setembro aviões atingiram as Torres Gêmeas em Nova York.
Mas, pela memória episódica, você lembra que viu a notícia enquanto comia sopa de feijão ou que naquele mesmo dia você levou um pé na bunda.
Ou seja, o dia 11 de setembro de 2001 pode não significar nada para o seu cãozinho, mas ele é capaz de lembrar que naquele dia você deu um ossinho especial para ele ou que o levou passear em um parque diferente – sem relacionar os acontecimentos à data, claro.
A novidade é que a memória não é mais um fator para justificar a supremacia canina. Ao realizar testes com 49 gatos domésticos para entender como o cérebro deles funciona, cientistas japoneses comprovaram que os felinos também têm memória episódica.
Em um dos testes, os animais conseguiram perceber depois de um intervalo de 15 minutos em quais das tigelas eles já haviam comido e em quais delas eles não haviam tocado.
Os pesquisadores ainda sugerem que os gatos são capazes de manter essas lembranças por muito mais tempo que o intervalo a que foram submetidos no experimento e que isso significa que os felinos têm sim algum tipo de consciência. O mesmo time de cientistas japoneses já havia realizado testes semelhantes com cachorros.
Outra trégua científica nessa rixa animal (que os donos de gatos já sabiam) é que eles respondem a expressões faciais, emoções e gestos humanos tão bem quanto cães.
Em entrevista à BBC, a psicóloga Saho Takagi, da Universidade de Kyoto, afirmou que os resultados dessa pesquisa podem ter várias aplicações práticas. “Gatos podem ser tão inteligentes quanto os cachorros e entender mais profundamente os felinos nos ajuda a estabelecer uma melhor relação com eles”.
Fonte:Exame
Reditado para:Noticias do Stop 2017
Fotografias:Getty Images/Reuters/EFE/AFP