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Este apelo de Félix, filho de Etienne Tshisekedi, histórico opositor ao poder de Kabila na RDC, falecido no início deste ano na Bélgica, surge quando começa a ficar consolidada a ideia de que Kabila e a sua Maioria Presidencial (MP) não vão cumprir o acordo assinado em finais de 2016 com a plataforma da oposição para realizar eleições em 2017.
Este acordo, denominado acordo de São Silvestre, assinado a 31 de Dezembro do ano passado com intervenção dos bispos católicos, permitiu que a crescente violência, que estava a atingir patamares de grande gravidade, fosse travada, apesar de ter feito mais de 150 mortos nos protestos de rua contra a continuidade de Kabila no poder.
Recorde-se que a contestação a Kabila no poder, de onde já deveria ter saído em Dezembro, mês em que terminou o seu segundo e último mandato permitido pela Constituição, durante o ano passado gerou múltiplas manifestações violentas nas ruas de Kinshasa, das quais resultaram mais de uma centena de mortos e milhares de feridos.
Agora, com o fim do prazo para realizar as eleições gerais, a RDC começa a vislumbrar no horizonte o regresso da instabilidade porque Kabila e o seu Governo de transição informaram que, mais uma vez, o país não tem condições para realizar as eleições, o que vai permitir a Kabila manter-se, até que estas tenham lugar, no poder, mesmo sem legitimidade constitucional.
Nesta conferência de imprensa, Félix Tshisekedi considerou que "só com a união de todos se consegue barrar o caminho à permanente mentira e impostura de que se alimenta Kabila", rejeitando desde já "toda e qualquer negociação" com o poder instalado.
Tshisekedi, que foi escolhido pelos restantes parceiros que integram a plataforma da oposição empenhada na democracia congolesa para liderar este processo, recusa "de forma absoluta e sem retorno" qualquer aproximação negocial a Kabila bem como acusa o actual Chefe de Estado de ter transformado a RDC "nua imensa prisão a céu aberto" e um "cemitério abissal".
O também presidente da UDPS, maior partido da oposição, sublinhou igualmente que o país vive amarrado a uma "insuportável corrupção e enriquecimento ilícito", à "insegurança generalizada", a "matanças em massa" , à "tirania, ilegalidade e ilegitimidade" que não podem continuar de forma nenhuma.
"Esta é a hora mais grave do país e a nossa paciência está a chegar perigosamente ao seu limite", avisou Félix Tshisekedi.
Fonte:da Redação e Por angonoticias.com
Reditado para:Noticias do Stop 2017