Especialistas de saúde dizem que o surto vem sendo exacerbado pelo colapso nos serviços de saneamento e de coleta de lixo em Luanda e outras cidades, o que levou a um aumento no número de mosquitos que transmitem a doença.
No total, 240 pessoas foram infectadas até agora, declarou Adelaide de Carvalho, principal autoridade de saúde angolana, em um fórum realizado no final de semana. Mais de 450 mil pessoas foram vacinadas na capital – a meta é vacinar quase 1,6 milhão, acrescentou.
As autoridades metropolitanas reduziram drasticamente o orçamento da coleta de lixo para lidar com uma crise orçamentária, deixando pilhas de restos se formarem nas periferias mais pobres como Viana, onde o primeiro caso de febre amarela foi relatado em dezembro passado.
Também houve um aumento de casos de malária, cólera e diarreia crônica, disseram autoridades de saúde.
Muitos prestadores de serviços de saneamento afirmam que não vêm sendo pagos, ou que estão tendo dificuldades para importar equipamentos devido à falta de moeda estrangeira.
Angola depende da exportação de petróleo para cerca de 95 por cento de sua receita em moeda estrangeira, e a queda de 70 por cento no preço da commodity desde meados de 2014 vem prejudicando a terceira maior economia africana e derrubando a moeda local, o kwanza.
Fornecido por: REUTERS 2016 ( STOP )