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ONG aponta Estado como “principal violador dos direitos humanos” em Moçambique

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Em Moçambique, a ONG Centro de Democracia e Direitos Humanos publicou um relatório em que descreve “um quadro sombrio” de abuso de direitos humanos no país, em 2023. A dois meses das próximas eleições gerais, o documento aponta o Estado como “o principal violador dos direitos humanos” em Moçambique e mostra que as

mais graves violações ocorreram nas autárquicas de Outubro do ano passado.
O Centro para Democracia e Direitos Humanos (CDD) descreveu “um quadro sombrio” no que toca aos direitos humanos em 2023, em Moçambique, e denunciou a morte de mais de 20 pessoas nas eleições autárquicas de Outubro de 2023.

“O relatório que apresentamos hoje mostra um quadro sombrio em que o Estado moçambicano é o principal violador dos direitos humanos. São os órgãos do Estado que estão a ameaçar cidadãos, são os órgãos do Estado moçambicano que estão diariamente a atacar fisicamente cidadãos indefesos”, declarou o director executivo do CDD, Adriano Nuvunga, na apresentação do “Relatório Sobre a Situação dos Direitos Humanos em 2023”, esta segunda-feira.

De acordo com a ONG, as mais graves violações dos direitos humanos foram registadas durante as eleições autárquicas de 11 de Outubro, com a morte de mais de 20 pessoas. “É a polícia da República de Moçambique que matou essas pessoas, utilizando armas do Estado”, denunciou Adriano Nuvunga.

O activista afirmou que o maior número de “abusos” contra os direitos humanos foi registado no período das eleições autárquicas.

 

“As violações mais comuns incluíram a negação do direito à vida, da integridade física, da liberdade de manifestação, da expressão e informação, além de violações relacionadas à saúde e direito à greve”, lê-se no relatório da organização.

Para travar as violações nas próximas eleições gerais de Outubro, o CDD pede uma polícia “imparcial e apartidária”, que trabalhe obedecendo a “ética e moral”.

 

 

 

 

 


Fonte:da Redação e da RFI
Reeditado para:Noticias do Stop 2024
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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