Etiópia: falta de água em Addi Daarob ilustra a miséria do Tigray apesar da paz

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Vinte meses após o fim da guerra e um acordo de paz, o Tigray, no norte do país, ainda enfrenta enormes desafios. O conflito opôs entre 2020 e 2022 forças regionais ao poder central etíope, a União Africana estimando que morreram 600 mil pessoas, com suspeitas de genocídio. Em Addi Daarob, cidade do centro do Tigray, os habitantes enfrentam a falta de água, o que faz

aumentar as tensões localmente. Quinta reportagem da série de relatos exclusivos publicados esta semana pela RFI.
Com os seus garrafões, crianças, adultos, velhos, fazem fila em frente ao poço de um hotel. Os habitantes ficaram sem água e contam com a generosidade do proprietário Fisha Toklu. "Os ladrões são um grande problema", lança este último. "As pessoas são pobres, então elas roubam. Elas levaram os canos e as bombas. O meu furo é utilizado pelo hotel, mas não é suficiente para essas pessoas. Cobramos uma quantia irrisória porque eles não têm trabalho. Eu não quero o dinheiro deles, mas é preciso pagar o seu funcionamento. Não peço ajuda, porque ninguém me pode ajudar".

"A paz não melhorou a nossa situação"

Na fila de espera, Alekam Aasho está à espera. Este pai de quatro filhos vem todos os dias com o seu garrafão de 25 litros. Ele lamenta a situação do Tigray, tanto tempo depois do acordo de paz. "Tivemos alguns progressos desde o fim da guerra. Mas esperamos muito mais», frisa. «O acordo de paz tinha-nos dado esperança. Agora, espero que o meu governo me possa ajudar, porque ainda estamos a lutar para sobreviver. Portanto, espero melhores serviços públicos".

Ao lado dele, Braham Mulu expressa a mesma decepção. "O acordo de Pretória, que por termo ao conflito em Novembro de 2022, não correspondeu às expectativas. É verdade que os combates pararam. Mas o Tigray continua numa situação desastrosa. A vida quotidiana permanece muito dura", desabafa Braham Mulu. "Nem sequer tenho dinheiro para comprar comida. Estamos muito frustrados. A paz não melhorou a nossa situação".

 

Aumento da criminalidade, inflação, desemprego, falta de serviços e destruição: o Tigray do pós-guerra está sob tensão e manifestações começam a ser organizadas.

 


Fonte:da Redação e da RFI
Reeditado para:Noticias do Stop 2024
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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