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General Tiani dirige-se à população do Níger um ano depois do golpe militar

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Um ano depois do golpe de Estado militar que derrubou no dia 26 de Julho de 2023 o poder do ex-presidente Mohamed Bazoum, o homem forte do país, o General Tiani considerou num discurso transmitido ontem na televisão pública que a "marcha" do Níger "em direcção à soberania plena e completa é inexorável".


No seu discurso assinalando o primeiro aniversário do golpe de Estado ontem à noite, o chefe do regime militar assegurou também que "nenhum Estado, nenhuma organização interestatal ditará ao país a conduta a manter, nem a sua agenda em matéria de parceria estratégica ou diplomática".

Depois de a França ter ainda na terça-feira reclamado a "libertação incondicional e imediata" do ex-presidente Bazoum que continua sequestrado na sua residência oficial um ano depois de ter sido derrubado, o General Tiani declarou ontem que "aqueles que alimentam uma fantasia sobre o regresso iminente dos regimes que estavam ao seu serviço vão ficar decepcionados" e que "o caminho trilhado é decididamente na trajectória da ruptura com a ordem neocolonialista".

O Chefe do regime militar disse igualmente que o seu país está agora a trabalhar para "estabelecer uma parceria win-win com todos" os parceiros internacionais "sem exclusividade", referindo-se nomeadamente ao estreitar dos laços nestes últimos tempos com o Irão, a Rússia e a Turquia.

Uma política que coincide com a decisão de se afastar dos anteriores parceiros do Níger, nomeadamente a França cujos militares envolvidos na luta antijihadista foram expulsos no final de 2023. Os contingentes militares americanos devem seguir pelo mesmo caminho até finais de Agosto, confirmaram as suas chefias esta semana.

 

Organizações de defesa dos Direitos Humanos também fizeram o seu balanço do ano que acaba de passar. Nesta quinta-feira, três ONGs, a Human Rights Watch, a Amnistia Internacional e a Federação Internacional de Direitos Humanos afirmaram num comunicado conjunto que os "Direitos Humanos estão em queda livre" no Níger, desde que os militares tomaram o poder.

De acordo com estas organizações "as autoridades militares do Níger acentuaram este ano a repressão da oposição, dos meios de comunicação e dos dissidentes pacíficos".

Ao tornar a apelar as autoridades militares nigerianas a "libertar Mohamed Bazoum e todas as pessoas detidas por motivos políticos", estas ONGs reclamaram que sejam "garantidos os seus direitos a um processo justo".

 

 

Fonte:da Redação e da RFI
Reeditado para:Noticias do Stop 2024
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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