Kaboré no início da semana, e apoiar o Movimento Patriótico de Salvaguarda e Restauração (MPSR), que nasceu deste golpe.
Foi também uma manifestação também para criticar a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que nos últimos meses optpu por pesadas sanções contra o Mali e a Guiné, dois países nos quais os presidentes em exercício foram também derrubados pelo exército.
"Estamos muito felizes porque o exército do Burkina Faso assumiu a sua responsabilidade", ouviu-se nas ruas. "Vamos apoiar o exército até à nossa última força. É a vitória do povo".
Condenações ocidentais
"Há sempre celebrações neste tipo de situação", disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, quando viu as imagens de júbilo popular em apoio aos líderes do golpe militar.
"É fácil orquestrá-las, mas os valores da democracia não dependem da opinião pública num momento ou outro. Os golpes militares são inaceitáveis no século XXI", frisou Guterres, apelando aos militares para que "defendam o seu país, não que ataquem os seus governos".
O Presidente francês, Emmanuel Macron, lamentou o golpe, que "faz parte de uma sucessão de vários golpes militares extremamente preocupantes, numa altura em que a região (do Sahel) deve ter como prioridade é a luta contra o terrorismo islamista."
Em Berlim, o governo alemão vê os recentes acontecimentos como um golpe na constituição do Burkina e na democracia. Por isso, exigiu a libertação do PPresidente democraticamente eleito, Roch Marc Christian Kaboré.
Também a União Europeia (UE) condenou hoje o golpe de Estado que fez cair "um Presidente eleito" e pediu o regresso à ordem constitucional. "A UE faz um apelo à calma e à concórdia de todos os atores e pede a libertação imediata de todas as pessoas detidas ilegalmente, a começar pelo Presidente Kaboré", disse o alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, lem comunicado.
Aplausos russos
Em contraste, o empresário russo Yevgeny Prigozhin, alegadamente próximo do Presidente Vladimir Putin, saudou o golpe, que classificou como um sinal de uma "nova era de descolonização" em África.
Yevgeny Prigozhin, que fez fortuna no ramo da restauração nos anos 90, é membro do círculo interno do Presidente russo, Vladimir Putin
Yevgeny Prigozhin, que fez fortuna no ramo da restauração nos anos 90, é membro do círculo interno de Vladimir Putin
"Todos estes chamados golpes de Estado devem-se ao facto de o Ocidente estar a tentar governar os Estados e suprimir as suas prioridades nacionais, para impor valores estrangeiros aos africanos", disse o magnata russo num comentário publicado na rede social russa VK.
Yevgeny Prigozhin é acusado de financiar a agora famosa empresa militar privada Wagner, que tem sido alvo de sanções da União Europeia (UE) desde Dezembro.
Alexandre Ivanov, um dos representantes dos "instrutores" russos na República Centro-Africana, também elogiou os golpistas de Ouagadougou. Numa declaração publicada no Twitter, disse que a França não tinha alcançado "nenhum sucesso" na luta contra o terrorismo na região.
Já o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia disse na segunda-feira que estava "preocupado com a complicação da situação política interna" no Burkina Faso e que "esperava uma rápida estabilização" do país.
Fonte:da Redação e da DW
Reeditado para:Noticias do Stop 2022
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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