Presidente pede a militares que deponham as armas

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"Nossa Nação está a passar momentos difíceis. Devemos salvaguardar a democracia. Convido aqueles que pegaram em armas a depô-las, no superior interesse da Nação. É através do diálogo e do ouvir que devemos resolver as nossas contradições", disse o Presidente, numa mensagem na rede social Twitter.

As declarações de Kaboré foram feitas num momento de grande incerteza e confusão no país, depois de fontes militares terem confirmado hoje de manhã que o Presidente estava detido num quartel, enquanto fontes da Polícia Nacional asseguram agora que "está isolado" e protegido por efetivos desta força.
Comunidade internacional condena "tentativa de golpe"
A CEDEAO anunciou em comunicado que está a acompanhar "com grande preocupação" o desenvolvimento da situação no Burkina Faso, "caracterizada" desde domingo (23.01) "por uma tentativa de golpe de Estado". A organização regional "responsabiliza os militares pela integridade física do Presidente Roch Marc Christian Kaboré", que fontes militares afirmam ter sido detido por soldados amotinados em Ouagadougou, lê-se no comunicado de imprensa.
A CEDEAO condena a ação dos militares, que classifica "como de extrema gravidade", exortando-os a "regressarem aos quartéis, manter uma postura republicana e a privilegiarem o diálogo com as autoridades para a resolução dos seus problemas".
Da mesma forma, o chefe da Comissão da União Africana Moussa Faki Mahamat condenou "veementemente" o que considerou ser uma "tentativa de golpe" no Burkina Faso contra o Presidente democraticamente eleito.
Num comunicado, Mahamat apelou ao exército nacional e às forças de segurança do país a "aderir estritamente à sua vocação republicana, nomeadamente a defesa da segurança interna e externa do país".

Por seu turno, a União Europeia (UE) pediu a libertação "imediata" do Presidente e de outros oficiais que se crê estarem detidos por soldados. A UE insta "que a liberdade do Presidente Roch Marc Kaboré e dos membros das instituições governamentais seja imediatamente estabelecida", disse o chefe da política externa da UE, Josep Borrell, numa declaração.
Numa conferência de imprensa, Borrell disse que a situação no Burkina Faso era "extremamente preocupante" e que "sabemos agora que o Presidente Kabore está sob o controlo dos militares".
O Presidente Kaboré, no poder desde 2015 e reeleito em 2020 com a promessa de lutar contra os terroristas, tem vindo a ser cada vez mais contestado por uma população atormentada pela violência de vários grupos extremistas islâmicos e pela incapacidade das forças armadas do país responderem ao problema da insegurança.
Quartéis militares são palco de motins
Vários quartéis no Burkina Faso foram este domingo palco de motins de militares, que exigiram a substituição das chefias militares e os "meios apropriados" para combater os grupos terroristas, que atacam o país desde 2015.
Uma dúzia de soldados encapuzados e armados montavam esta manhã guarda às instalações da Rádio Televisão do Burkina (RTB), que transmite programas de entretenimento, noticiou a agência francesa AFP.
Foram ouvidos tiros no domingo à noite perto da residência do Presidente e na madrugada desta segunda-feira decorreu uma batalha no palácio presidencial enquanto um helicóptero sobrevoava o edifício.

As estradas da capital estavam vazias no domingo à noite, exceto nos postos de controlo fortemente vigiados por soldados.
Outra agência noticiosa, a AP, informou que soldados revoltosos terão assumido o controlo do quartel militar de Sangoulé Lamizana na capital, Ouagadougou, este domingo.
O motim no quartel de Sangoulé Lamizana ocorreu um dia depois de uma manifestação em Ouagadougou, que apelou à demissão de Kaboré, a última de uma série de protestos contra o chefe de Estado, num contexto de desespero social pela forma como o seu Governo tem vindo a lidar com a insurreição islâmica.
O Governo do país não faz quaisquer declarações desde domingo, tendo a última sido a do ministro da Defesa, Aimé Barthelemy Simporé, que afirmou à RTB que alguns quartéis tinham sido afetados pela agitação, não só em Ouagadougou, mas também em outras cidades do país.
Artigo atualizado às 17h22 do Tempo Universal Coordenado (UTC) com informações da União Europeia

 

Fonte:da Redação e da dw
Reeditado para:Noticias do Stop 2022
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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