indicado pelo Executivo como um dos "agressores".
Esta quinta-feira (03.02), o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, regressou ao Palácio do Governo, onde afirmou que "é preciso que fique claro que foi um ato de um grupo de bandidos que queria assaltar o poder, a mando de pessoas como eles".
Embaló disse que foi ao palácio acompanhado das chefias militares, "só para" os jornalistas verem todos os responsáveis "juntos do seu comandante Supremo". Na visita participaram também o primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam, e membros do Executivo.
O chefe de Estado voltou a frisar que alguns dos envolvidos no ataque ao Palácio do Governo são pessoas ligadas ao tráfico de droga. E garante que vai intensificar a luta contra a criminalidade organizada.
"A justiça far-se-á com toda a transparência"
Ao mesmo tempo, Umaro Sissoco Embaló critica todos aqueles que têm posto em causa a versão das autoridades e questionam se o ataque de terça-feira (01.02) foi mesmo uma tentativa de golpe de Estado.
Segundo Embaló, dizer que o ataque foi uma encenação é, no mínimo, irresponsável: "Há pessoas que gostam de fazer cinema e teatro, isso é muito sério. Há pessoas que morreram e nem se quer fizemos o funeral. Isso não brincadeira, e é lamentável que pessoas que dizem ser responsáveis e que considero responsáveis pensem que isso é teatro", afirmou.
O dossier do ataque já está no Ministério Público, assegurou o Presidente da República. "A justiça far-se-á com toda a transparência", acrescentou.
O Governo confirmou na quarta-feira (02.02) que 11 pessoas, entre civis, polícias e militares, morreram no ataque.
O Presidente da República assume-se como "pessoa de risco" e informou que, doravante, o seu dispositivo de segurança vai ser reforçado "devido à gravidade dos últimos acontecimentos".
"Devemos acreditar que este país é viável"
Logo depois da visita ao palácio, Umaro Sissoco Embaló presidiu à reunião do Conselho Superior da Defesa Nacional, onde foram analisados os últimos acontecimentos na Guiné-Bissau.
Mamadú Queita, vice-presidente do Movimento Nacional da Sociedade Civil para Paz Democracia e Desenvolvimento, mostra-se preocupado depois do ataque ao Palácio do Governo.
É algo que põe em causa a paz social no país, diz Queita. Mas entende que é preciso virar a página e pensar no futuro: "A nossa juventude tem que acreditar, todos nós devemos acreditar que este país é viável. Há situações com que naturalmente podemos ser confrontados, mas temos que ter força e sabedoria para podermos ultrapassar as situações menos boas".
Fonte:da Redação e da dw
Reeditado para:Noticias do Stop 2022
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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