Lourenço em visita de Estado já em 2018, com igual pompa e a mesma circunstância que aquela que o Chefe de Estado acaba de fazer à África do Sul.
Paulino Neto informou, em declarações ao Jornal de Angola, que as autoridades brasileiras já fizeram o convite formal, através do Ministério das Relações Exteriores, para que o Presidente João Lourenço vá de visita de Estado ao Brasil, mas adiantou que, apesar de a expectativa para resposta ser positiva, ainda não houve reacção.
Embora sublinhando que ainda não existem garantias de que a linha de crédito, que permitiu a Angola contar com um volume de obras realizadas por empresas brasileiras, nomeadamente a Odebrecht, a que foi mais atingida pelo processo "Lava Jato", possa ser efectivamente reactivada em 2018, e a aquisição de uma vasta gama de produtos brasileiros, o embaixador Paulino Neto mostrou-se optimista para o desfecho.
O diplomata lembrou ainda a vaga de pedidos de asilo de cidadãos angolanos, cerca de três mil, e que estes estão a ser analisados pelo Conselho Brasileiro de Refugiados, sendo que a posição oficial do Governo de Brasília é que não há motivos para a tribuição do estatuto de exilado por não haver "perseguição política em Angola", mas tranquilizou os visados assegurando que estes têm direito a assistência social.
Por ser o principal jornal diário e noticioso do país, considerou a publicação um guia dos temas candentes da sociedade e de leitura obrigatória. "Sei que o Jornal está a passar por um período de transição. Vamos acompanhar com interesse esse novo período e o seu conteúdo com maior curiosidade".
Como o Novo Jornal Online noticiou a 12 de Outubro do ano passado, o Banco Nacional de Desenvolvimento Económico (BNDES), profundamente envolvido no escândalo de corrupção que varreu o Brasil, suspendeu diversos projectos em Angola por causa do "Lava Jato", cujo pilar estava assente na petrolífera brasileira Petrobras.
Directamente afectados, entre outros, segundo um comunicado do BNDES, foram as obras no Polo Agro-industrial de Capanda, o aproveitamento hidroeléctrico de Laúca (AH Laúca), o alteamento de Cambambe, e a segunda central da barragem de Cambambe, num total de 808,8 milhões de dólares.
No comunicado do BNDES soube-se que foram afectados "financiamentos contratados a exportações de serviços de engenharia das empresas Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez", envolvendo vários países.
Depois deste escândalo, o Brasil reviu toda a sua estratégia de internacionalização para as suas empresas e as linhas de crédito com diversos países, sendo Angola um dos mais visados devido à significativa presença de interesses brasileiros no país.
Recorde-se que na ocasião, estas decisões tomadas em Brasília criaram um certo incómodo no Governo angolano que chegou mesmo a pedir explicações para a suspensão dos financiamentos, alegando não haver nada que o justificasse, apesar das suspeitas e acusações a correr nos tribunais brasileiros envolvendo figuras importantes angolanas.
Os financiamentos brasileiros em Angola partem de um acordo geral assinado em 1980 e que define os contornos do relacionamento bilateral nesta matéria.
Entretanto, já hoje foi anunciado que o ministro da Agricultura e Florestas angolano está, desde terça-feira numa visita ao Brasil com o objectivo de negociar uma linha de crédito para investimentos na agro-pecuária
Fonte:da Redação e Por angonoticias.com
Reditado para:Noticias do Stop 2017