de 2000. Mas essa evolução acontece de maneira desigual. Em 14 países dos 119 avaliados, a situação alimentar melhorou em 50%. Ainda assim, também é verdade que, nos últimos anos, conflitos e mudanças climáticas – como a seca em África – pioraram novamente esses valores. Quando a comunidade internacional decidiu juntar-se aos objetivos da ONU por um desenvolvimento sustentável, ela prometeu acabar com a fome e reduzir a desigualdade no mundo até 2030. As melhorias, no entanto, não convencem. Basta olhar ao redor ou continuar lendo as notícias.
As muitas caras da fome
Cerca de 60% da população faminta em todo o mundo é composta por mulheres e meninas. Na maior parte dos casos, isso é reflexo de estruturas sociais que negam às mulheres o acesso à educação, a cuidados de saúde e a outros recursos básicos. Também as minorias étnicas são muitas vezes vítimas de discriminação, pobreza e fome em maior medida.
As regiões do Sul da Ásia e da África subsaariana são as que mais sofrem com a fome. Os valores do Índice Global da Fome nessas áreas correspondem a 30,9 e 29.4, respetivamente, o que as enquadra na categoria "muito séria". Em 2000, a situação em oito países era classificada como grave. Este ano, somente na República Centro-Africana a situação foi considerada "grave”. Nos últimos 17 anos, o país não conseguiu fazer qualquer progresso.
Situação em Angola
Ainda segundo o estudo, Angola figura entre os 55 países onde a situação da fome é considerada séria. Em entrevista à DW, o padre angolano Jacinto Wacussanga fala que a fome em Angola é resultante da má distribuição da renda nacional. O dinheiro, proveniente de recursos naturais, especialmente de petróleo, é mal distribuído. Isso provoca desequilíbrios e assimetrias que levam à desnutrição, à fome e a outros problemas sociais.Este quadro é agravado pelas mudanças climáticas. Em Angola, existem períodos de prolongada seca, seguidos de enxurradas que prejudicam as superfícies cultivadas. Padre Pio sublinha ainda que a crise económica enfrentada no país é resultado de desvios do erário público. "As reservas internacionais líquidas que Angola têm são inferiores ao volume de dinheiro que muitos sujeitos no poder desviaram e depositaram em contas individuais fora do país. Isso é um escândalo. Esses fatores compaginados aumentam ainda mais a a vulnerabilidade das famílias", analisa.
Fonte:da Redação e Por angonoticias.com
Reditado para:Noticias do Stop 2017