De acordo com informação da direção provincial dos transportes do Bié, centro de Angola, ainda decorre a retirada de combustíveis e outros equipamentos do local do incidente, que envolveu um comboio com 14 vagões de gasolina e gasóleo, pelo que a circulação ferroviária naquele troço do Caminho de Ferro de Benguela (CFB) continuará interdita por mais oito dias.
A linha do CFB tem mais de 1.300 quilómetros de extensão, mantendo-se a circulação com normalidade nos restantes troços fora da área do incidente.
O excesso de velocidade terá estado na origem do descarrilamento, segundo informação prestada anteriormente à imprensa por José Fernando Tchatuvela, vice-governador para a área técnica e infraestruturas.
Terá havido falta de cautela do maquinista na aproximação de uma curva considerada perigosa, próximo da aldeia de Santo-Biangue, em Kamacupa, na província do Bié, informou o vice-governador.
Este incidente foi confirmado à Lusa, ainda no sábado, por fonte da Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol), que acrescentou não haver registo de vítimas.
O descarrilamento do comboio, que fazia a ligação entre o Lobito (litoral) e a cidade do Luena, capital da província do Moxico (no leste), aconteceu numa "área desabitada e de difícil acesso" do CFB, no centro de Angola, precisou na ocasião a Sonangol.
"Para evitar outros transtornos, as autoridades, policiais e de proteção civil, montaram um perímetro de segurança no local onde já está uma equipa da Sonangol para avaliar danos, e orientar o início das operações de trasfega dos combustíveis para camiões", declarou a petrolífera estatal angolana.
De acordo com as autoridades locais, os 14 vagões transportavam mais de 200 mil litros de combustíveis prontos para consumo e o descarrilamento levou dezenas de populares ao local, tentando abastecer-se.
As operações de trasfega e as obras de requalificação da linha férrea naquele local estão a obrigar à interdição da circulação ferroviária no troço entre Cuíto e Luena.
A Sonangol referiu no sábado que pretende "iniciar o mais depressa possível o transporte rodoviário de combustíveis", para "reduzir ao mínimo os inconvenientes que possam advir para os consumidores da província do Moxico".
Fonte:da Redação e Por angonoticias
Reditado para:Noticias do Stop 2017