O ministro das Finanças sul-africano, Malusi Gigaba, explicou que esta pressão sobre Luanda para que a dívida de 850 milhões de rands (65 milhões USD) seja paga resulta da situação financeira da companhia aérea, que se bate actualmente com uma pesada crise, em parte resultante de dívidas de alguns países africanos, como é o caso de Angola.
Um documento emitido pelo Tesouro sul-africano, citado pela imprensa local, mostra que de entre os países africanos devedores à SAA, "Angola é aquele que mais deve" singularmente e de longe, num total que chega aos 1 000 milhões de rands.
Malusi Gigaba explicou ainda aos jornalistas que está em conversações com vários governos africanos e que vai insistir com o novo Governo de Luanda quando, como se admite em função dos resultados provisórios actuais, João Lourenço tomar posse como Presidente da República.
"Nós entendemos que Angola esteja a enfrentar um grave crise financeira e económica, mas nós também temos problemas sérios, tal como muitos outros países e, por isso, esperamos que Angola cumpra com os seus compromissos e pague a dívida que tem para connosco", afirmou Gigaba.
Este esforço do Governo sul-africano resulta das dificuldades que a SAA, uma das maiores companhias aéreas do mundo e a mais extensa em África, está a viver, carecendo no imediato de uma ajuda estatal de 10 mil milhões de rands, ou cerca de 767 milhões de dólares para poder manter-se no ar.
A dívida à SAA, semelhante às dívidas a outras companhias aéreas a operar de e a partir de Angola, resultam da indisponibilidade de divisas no país, fruto da crise económica e financeira que atravessa em consequência da queda abrupta do preço do petróleo a partir de 2014.
Com a ausência de divisas, as companhias áreas, que vendem os bilhetes emitidos para voos com início em Luanda em kwanzas, não conseguem depois repatriar os lucros ou pagar despesas para as quais sejam exigidas divisas, como o dólar, o euro ou mesmo o rand.
Para ultrapassar este problema, pelo menos em parte, a generalidade das transportadoras deixaram de vender bilhetes com início fora do país em kwanzas.
Esta crise, que levou a Emirates a diminuir o número de voos para Angola e a interromper a ligação à TAAG, pode agora levar a SAA a "voar" pelo mesmo caminho, embora os responsáveis pela SAA já tenham afirmado que não está a ser ponderada nenhuma medida semelhante a essa.
Fonte:da Redação e Por angonoticias.com
Reditado para:Noticias do Stop 2017