José Carvalho da Rocha.
O governante fez este pronunciamento quando dissertava numa palestra subordinada ao tema “ Angosat – os desafios, benefícios e oportunidades para a comunidade académica “dirigida a docentes e discentes do Instituto Superior Politécnico Tocoista.
De acordo com José Carvalho da Rocha, o grande desafio que se tem com o Angosat é o de tornar as comunicações mais viáveis e neste contexto o Executivo investiu em diversas acções com destaque para a colocação da fibra óptica que ligará todo espaço nacional e alguns países africanos vizinhos de Angola.
Anunciou que, um dos grandes benefícios que este satélite trará para o país, além da transmissão de conhecimento, a facilitação das comunicações com os países africanos, como a RDC, Zâmbia e Rwanda que poderão usufruir da fibra óptica implantada ao longo do Caminho de Ferro de Benguela.
Informou, por outro lado, que, na próxima quarta-feira, será lançado pela Angola Cables o cabo que ligará Angola ao Brasil, sendo o primeiro que une o continente africano ao sul americano, facto que facilitará as comunicações entre as duas margens do Oceano Atlântico.
Este cabo irá permitir a conexão no próximo ano a um outro cabo no Brasil do qual Angola também participou que liga os Estados Unidos da América a esse país latino americano, cujos custos estão avaliados em mais de 200 milhões de dólares norte americanos, disse.
Carvalho da Rocha considerou que Angola poderá obter valiosos recursos financeiros com este serviço, pois o mesmo, uma vez em funcionamento, irá facilitar as comunicações entre o continente sul americano e o asiático, sem ter de passar pela Europa e países árabes.
Em relação a transmissão de conhecimento, disse que, com vista a assegurar o funcionamento do primeiro satélite angolano, o país conta com 37 engenheiros espaciais, que serão os responsáveis da gestão do satélite.
Considerou grande o investimento do estado angolano, pois os 320 milhões de dólares norte americanos investidos poderão ser gastos em 15 anos. Este facto torna os custos das operadoras menos onerosas, uma vez que gastam actualmente entre 15 a 20 milhões de dólares/mês na utilização de outros satélites.
O montante investido neste projecto inclui a construção e lançamento do Angosat, a construção da estação de controlo e gestão do satélite na Funda e o aluguer da posição orbital.
O satélite angolano Angosat 1 está a ser construído na Rússia e tem o seguinte segmento espacial: posição orbital 14.5 E, peso mil 55 quilogramas, peso de carga útil 262.4 quilogramas, potencia de carga útil três mil 753 W, banda de frequência CKu, número de repetidores 16C+6Ku e com uma vida útil de 15 anos.
O centro de controlo e missão de satélites do Angosat 1, está localizado na comuna da Funda, município de Cacuaco, norte da província de Luanda. O Angosat 1, como um satélite geoestacionário artificial, está localizado a 36 mil quilómetros a nível do mar, tem a mesma velocidade de rotação da terra e consegue cobrir um terço do globo terrestre.
Fonte:da Redação e Por angonoticias.com
Reditado para:Noticias do Stop 2017