O Ministério da Energia e Águas alertou que os constrangimentos de eletricidade a Luanda deverão prolongar-se por 11 dias, nomeadamente com perturbações no fornecimento e oscilações de tensão, devido à entrada em carga do primeiro grupo gerador, para testes, previstos para este domingo.
Desde o início da manhã de ontem que o fornecimento de eletricidade a Luanda está condicionado, conforme a Lusa constatou.
O primeiro grupo gerador daquela barragem, na província angolana de Malanje, a maior obra pública em construção em Angola, começa a produzir 334 MegaWatts (MW) de eletricidade a partir de 21 de julho, conforme anúncio feito anteriormente pelo Governo.
Localizada entre as províncias do Cuanza Norte e Malanje, aquela barragem foi encomendada pelo Estado angolano por 4,3 mil milhões de dólares (3,8 mil milhões de euros), envolvendo financiamento da linha de crédito do Brasil, movimentando cerca de 9.000 trabalhadores.
Desde 11 de março que o enchimento em Laúca está a condicionar a operação nas restantes barragens já instaladas no rio Kwanza, devido ao reduzido caudal, limitando o fornecimento de eletricidade da rede pública a Luanda, por norma, a poucas horas por dia.
Em quatro meses está previsto que a barragem de Laúca atinja a quota 830, equivalente a uma albufeira com um volume de água de mais de 2.500 milhões de metros cúbicos, sendo por isso a maior em Angola.
O enchimento da barragem de Laúca só terminará em 2018, com a elevação até à quota 850, completando o reservatório na sua totalidade e permitindo a entrada em funcionamento das seis turbinas que estão instaladas e uma produção de cerca de 2.070 MW de eletricidade, mais do dobro da capacidade das duas barragens – Cambambe (960 MW) e Capanda (520 MW) – já em funcionamento no rio Kwanza.
Fonte:da Redação e Por angonoticias
Reditado para:Noticias do Stop 2017