O edifício da Sonangol, por exemplo, é dos que mais atenção chamam na baixa da cidade, mas até ao momento, nenhum enfeite de natal foi colocado no local. O mesmo se pode dizer do Palácio do Governo Provincial de Luanda e outros edifícios públicos de renome situados pela urbe luandense.
Nos últimos anos, tornou-se prática em Luanda a montagem do presépio gigante no Largo da Independência, mas até ao momento não se vislumbra nenhuma movimentação no local faltando apenas 16 dias para o dia de Natal. As inevitáveis comparações já começam a ser feitas pelos cidadãos que apontam o dedo acusador para a crise financeira que o país atravessa.
Entretanto, a ausência do colorido das luzes natalícias é vista pelo cidadão António Salvador como uma forma de contenção de gastos e realça que nesta fase torna-se necessário encaminhar as receitas para sectores com mais prioridades. J
á António do Nascimento entende que nesta fase a verba que anualmente é cabimentada para ornamentação, os governos provinciais deviam encaminhar para a Saúde, pelo facto de este ano viver fortes abalos no seu funcionamento, tendo-se evidenciado com as epidemias da febre-amarela e da malária.
“É melhor salvarmos vidas dando esse dinheiro aos hospitais que não têm luvas e medicamentos para salvar a vida dos angolanos.
A falta de luzes de Natal pode afectar a rotina a que estamos habituados nesta fase, mas me parece que não devemos dispensar dinheiro para este fim enquanto houver pessoas a passar fome”, frisou Nascimento.
De férias em Luanda, Pedro Norma, residente no município do Mbanza Congo, disse que na província do Zaire a realidade é a mesma, acrescentando que, contrariamente à capital do país, onde se pode ver o aparecimento de enfeites de forma tímida, na sua terra não se vislumbra nenhuma luz no fundo do túnel.
“A crise é transversal”, diz o interlocutor, realçando que se deve comemorar ao ritmo da realidade que país atravessa.
Fonte:Angonoticias
Reditado para:Noticias Stop 2016