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Acções da Cobalt sobem quase 30% com perspetiva de venda

Acções da Cobalt sobem quase 30% com perspetiva de venda da operação em Angola

Angola
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"Estamos cada vez mais confiantes que no mercado atual [a Cobalt] pode fechar negócio em Angola ou ser comprada por uma grande operadora", escreveu Anish Kapadia, analista na Tudor Pickering Holt, citado pela agência financeira Bloomberg.

Os comentários, que levaram as ações da Cobalt para uma subida de 28%, que compara com a queda de 81% nos 12 meses anteriores, surgem poucos dias depois de a empresária angolana Isabel dos Santos ter anulado um acordo que previa a compra pela Sonangol da participação da petrolífera em dois blocos, negociada anteriormente por 1,5 mil milhões de dólares.

A informação consta de uma nota da Cobalt International, que a Lusa noticiou já este mês, divulgando que a própria Isabel dos Santos escreveu uma carta à administração da petrolífera norte-americana, a 01 de agosto, confirmando que o negócio será feito pela venda dos ativos (40% nos blocos 20 e 21) a uma "terceira parte".

A venda destes dois blocos no 'offshore' ao largo de Luanda foi anunciada pelas duas petrolíferas em agosto de 2015, por 1.750 milhões de dólares (1,560 mil milhões de euros), mas não se concretizou até ao momento por falta de aval do Governo angolano, segundo informação anterior da Cobalt.

No âmbito do processo de reestruturação da Sonangol, devido à crise da cotação do petróleo e às dificuldades financeiras da concessionária estatal angolana, o Presidente José Eduardo dos Santos nomeou em junho a filha mais velha, a empresária Isabel dos Santos, para o cargo de presidente do conselho de administração daquela empresa pública.

A Cobalt detém uma participação maioritária de 40% no bloco 20/11, face aos atuais 30% da Sonangol e outros 30% da BP, enquanto no bloco 21/09 a empresa pública angolana detém 60% e a petrolífera norte-americana 40%.

A Cobalt anunciou anteriormente, já este ano, uma descoberta "significativa" de condensados e gás natural no poço de exploração Zalophus #1, no bloco 20, a sexta no pré-sal angolano, referindo ainda que decorrem perfurações no poço Golfinho #1, cujos primeiros resultados apontam potencial para a existência de mais condensados e gás natural.

Angola é o maior produtor de petróleo na África subsaariana, com 1,7 milhões de barris por dia, mas enfrenta uma profunda crise financeira e económica devido à quebra na cotação do barril de crude no mercado internacional, que só em 2015 fez diminuir para metade as receitas fiscais petrolíferas. a Luanda para 1,2 milhões de metros cúbicos e quintuplicar o número de consumidores ligados à rede pública, que se estima em 200.000 até 2017.

 

 

 

 

 

Fonte:Angonoticias

Reditado para:Noticias Stop 2016

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