, por alegada falta de dinheiro.
O político da CASA-CE, Alexandre Dias dos Santos "Libertador" refere que a não transmissão das discussões sobre os mais variados assuntos no parlamento é parte de uma estratégia gizada com o objectivo de descredibilizar os partidos da oposição.
O político lamenta que 14 anos depois do calar das armas no país pessoas há que estão preocupadas com o despertar dos cidadãos. “O Libertador” diz olhar com bastante preocupação para este cenário que não se justifica numa altura em que o país se deve a abrir para o mundo. Alexandre Dias dos Santos afirma por outro lado que, não tem razão de ser os argumentos segundo os quais os debates não podem ser transmitidos, “porque no horário de transmissão povo está a trabalhar”.
A não transmissão dos debates parlamentares pelos órgãos públicos de informação tem sido questionada e amplamente criticada. Num recente debate sobre a “Liberdade de imprensa”.
Para Luís Fernando, Administrador para Área de Informação do Grupo Media Nova, e antigo Director do Jornal de Angola, “não vale a pena submeter os meios de comunicação nacional a exercícios desta natureza”, pelo que, diz o jornalista, a pressão da oposição sobre o assunto tem uma carga política.
Luís Fernando cita o exemplo do Brasil, por altura do impeachment de Dilma Rousseff, sobre a transmissão em directo dos debates, para explicar que não tem cabimento interromper a programação da TPA para submeter os cidadãos a obrigatoriedade de acompanhar o que os deputados discutem na casa das leis.
“Eu desconfio muito destas pressões que se fazem quando, não é propriamente a preocupação com o cumprimento de algum direito. Acredito que neste esforço que se faz de pressionar a TPA, TV-Zimbo e todos os meios a transmitir aquilo, tem uma carga política grande. O dia que se abrir aquilo para se transmitir todos os debates em directo, acabou-se o debate lá dentro, acabou-se o debate técnico e político. Vai acontecer aquela “peixeirada” que aconteceu no Brasil no impeachment”, referiu.
Angola imitando o que se faz noutros países
Sobre o mesmo assunto, o Administrador da Televisão Pública de Angola para área de Informação, Gonçalves Inhanjika, referiu recentemente num debate sobre a assunto em Junho deste ano, que o que acontece em Angola é uma “imitação constante” do que se passa noutras paragens do mundo.
O jornalista entende que deve ser a Assembleia Nacional a criar as condições para ter uma TV, de onde as outras cadeias deverão retirar o sinal.
Inhajika defende também que a transmissão em directo dos debates parlamentares dependem em última instância do interesse noticiosos dos assuntos em discussão.
“A Assembleia Nacional está a criar condições e a semelhança do que acontece noutros países terá a sua própria televisão e o públio terá direito a esta transmissão que revindica”, explicou o ex-director de informação da TPA, para mais adiante explicar que a televisão “não pode desfigurar a sua programação porque tem que apresentar as sessões plenárias”.
Na mesma linha de pensamento está o Director do Centro de Formação de Jornalistas Angolanos, Joaquim Paulo, que aponta um estudo realizado por si, que terá chergado a conclusão que é uma realidade mundial que as televisões públicas não devem transmitir os debates sob pena de haver discriminação contra o público que não tenha interesse no assunto.
Por sua vez Alexandre Dias dos Santos reitera que estes argumentos revelam medo do despertar da consciência dos cidadãos.
Fonte:Angonoticias
Reditado para:Noticias Stop 2016