ou fisioculturistas.
As acções ocorrem mais no período nocturno, por ser nesta altura do dia em que muitas pessoas se deslocam para os referidos lugares, com o objectivo de patinar, fazer exercícios físicos, passear ou tirar fotografias.
“Eles aparecem aqui como patinadores ou ‘caenches’, fazendo tudo o que a gente faz, mas, de repente isolam alguém, pedem-lhe dinheiro, telemóvel, colar, pulseira, anéis ou outros objectos de valor e fogem”, contou Coutinho, um adolescente de 17 anos de idade, que disse frequentar o espaço da Samba, há quatro anos, tendo detalhado que os assaltantes actuam de forma a fazerem entender que se trata de uma conversa amigável.
Coutinho informou que nunca foi assaltado porque, desde o princípio, acatou o conselho de seus pais, que lhe pediram, reiteradas vezes, para não levar algo valioso nos momentos de diversão no separador físico dessa zona da Samba, que também ficou conhecida como Antigo Controlo.
Os frequentadores do local lembraram que, apesar de o mesmo se localizar próximo de uma esquadra da Polícia, os bandidos vêm com a lição estudada, ao ponto de ainda não terem sido apanhados.
De acordo com outros patinadores, que pediram para os seus nomes não serem citados nesta reportagem, o fenómeno não é antigo, pois começaram a registá-lo a partir da última semana do mês de Julho. “Mas, para que a situação não se agrave e nos sintamos seguros, queremos que a Polícia comece a fazer alguma coisa, como rondar aqui no parque”, sugeriram os entrevistados, adiantando que já informaram alguns agentes da corporação sobre as ocorrências.
Contactados alguns efectivos da Polícia Nacional, que, na noite de Terça-feira, 10, circulavam próximo do local, eles reconheceram que têm recebido algumas queixas da parte dos utentes do parque. Justificaram a falta de intervenção com o facto de as denúncias não serem formalizadas. “As queixas são feitas de noite e eles não aparecem no dia seguinte para constituírem o processo”.
Vítima dos mesmos assaltantes
Depois de serem assaltados, os patinadores desaparecem do local, deixando de patinar nesse turno, ou mudando para outro lugar. Foi isso que aconteceu com o primo do patinador que se identificou com o nome de «Rei da Dobra”, segundo contou o mesmo.
“O meu primo patinava aqui, mas na noite de 30 de Julho foi surpreendido por outros patinadores que o desafiaram a fazer uma série de acrobacias e, enquanto descansavam, depois da demostração, isolaram-no, ameaçaram-no com objectos cortantes, tendo-lhe retirado o telemóvel, o relógio e um fio de ouro, que estava no seu bolso”.
Entristecido, decidiu mudar para o espaço de recreação do Rocha Pinto, onde, na semana a seguir foi novamente atacado. “Ele disse que reconheceu os três indivíduos, porque dois deles tinham cicatrizes no rosto”, salientou.
Os jovens que frequentam o parque de lazer do Rocha Pinto confirmaram a nova onda de assaltos nestes lugares, tendo-se referido a mais de sete ocorrências. Os patinadores dessa área, referiram o mesmo período citado pelos cidadãos da Samba. “Isso começou em Julho, mas está a preocupar-nos, por causa da frequência dos acontecimentos”.
Eles avançaram a possibilidade de se tratar do mesmo grupo que protagoniza assaltos em locais diferentes, porque ouvem falar das acções na Samba em dias que o Rocha regista calma e vice-versa. Auriculares, telemóveis e dinheiro foram apontados como os haveres que mais se perdem no Rocha Pinto, onde os delinquentes já retiraram das vítimas peças de vestuário e calçados. No calçadão da Corimba também há relatos de assalto e roubo, durante as sessões de recreação.
Fonte:Angonoticias
Reditado para:Noticias Stop 2016