De acordo com despachos presidenciais de 23 de maio, consultados esta segunda-feira pela Lusa, o Governo adjudica estas empreitadas, a realizar nas províncias do Bengo, Bié, Huambo, Namibe, Cuanza Norte, Cuanza Sul, Malanje e Uíge, a empresas chinesas, a financiar pela Linha de Crédito da China (LCC) a Angola.
Os concursos, lê-se nos documentos, foram limitados “por prévia qualificação” das empresas, no âmbito desta linha de financiamento.
No entanto, os despachos preveem que no contrato de adjudicação devem ser indicadas as empresas angolanas a subcontratar em cada empreitada, “garantindo preferência por aquelas que se encontram sediadas nas províncias onde se vão desenvolver os projetos”.
A Lusa noticiou a 21 de janeiro que a LCC vai financiar 155 projetos em Angola com 5,2 mil milhões de dólares (4,6 mil milhões de euros), a executar por empresas chinesas, estimando o Governo angolano a criação de quase 365.000 empregos.
As 23 empreitadas agora autorizadas, 15 das quais para a construção de novos sistemas de abastecimento de água e as oito restantes para a reabilitação e reparação de estradas e vias secundárias ou terciárias, totalizam mais de 10 por cento da linha de financiamento chinês.
Apenas para a reabilitação da estrada Catchiungo/Chinhama, no Huambo, a China Railway 20 (CR20) é contratada por 58,4 milhões de dólares (52,2 milhões de euros), enquanto no Bié, a mesma empresa vai assegurar a construção do sistema de abastecimento de água à cidade de Cuíto, obra adjudicada por 39,2 milhões de dólares (35 milhões de euros).
No plano operacional da LCC, elaborado pelo Governo angolano com as obras a realizar pelas empresas chinesas ao abrigo deste financiamento e noticiado anteriormente pela Lusa, o setor da energia e águas lidera, em termos dos montantes a investir, entre nove setores, com 2.174.238.412 dólares (1,9 mil milhões de euros) alocados para 34 projetos.
O setor da construção, incluindo a reabilitação de estradas, contará com 33 projetos, mobilizando 1.644.282.124 dólares (1,4 mil milhões de euros).
O setor da educação é o que concentra o maior número de projetos, num total de 55, sobretudo a construção de escolas, num investimento global de 373.348.412 dólares (342 milhões de euros).
O documento é acompanhado por uma lista com 37 empresas chinesas “recomendadas para o mercado angolano”, ao abrigo da LCC.
Fonte:Angonoticias
Reditado por: Stop Noticias 2016