Segundo o responsável, que falava durante um encontro organizado pelo Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA), sobre a situação dos órgãos privados quanto a crise económica e financeira, os jornais vão deixar de existir no país, por causa de diversas dificuldades que enfrentam no seu dia-a-dia.
Lamentou que produzir um jornal no país envolve custos altos, o preço do jornal é de 358 kwanzas, a capa é comercializada a 500 kwanzas, mas na rua é comercializado entre 700 a mil kwanzas e quem mais ganha é o ardina e não os jornais,
Frisou que os jornais gastam mais em relação o que ganham, justificando que o jornal por si só não obtém valores para o seu custo, dependem sim de publicidade.
Por sua vez, a directora da Rádio Luanda Antena Comercial (LAC), Maria Luísa Fançony, realçou que a sua emissora resiste da crise económica e financeira graças as igrejas que têm programas e publicidades, para além de empresas bancárias e de cerveja.
Acrescentou que a Rádio LAC tem pago os salários aos seus trabalhadores a prestações.
Maria Luísa Fançony pediu ajuda ao Ministério da Comunicação Social a apoiar os órgãos nessa situação.
Por sua vez, o jornalista Reginaldo Silva aconselhou os órgãos de Comunicação Social a apostarem nas novas tecnologias de informação, isto é, acompanhando o desenvolvimento das sociedades.
No seu entender, para salvar os jornais deve-se criar fábricas de papéis ou reciclagem, tendo em conta que as gráficas que imprimirem os jornais alegam falta de papéis para impressão dos jornais.
O Secretário-Geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA), Teixeira Cândido, lamentou a situação que os órgãos de Comunicação Social públicos e privados estão a enfrentar, destacando a falência dos jornais Angolense, semanário Angolense, os atrasos salariais como é o caso da Agência Angola Press (Angop) que as vezes passa dois meses sem salários e alguns funcionários são penalizados pelos bancos por terem crédito.
Pediu a Igreja Católica a resolver já a situação da Rádio Ecclésia e ao Executivo a solucionar a situação grave que a imprensa angolana está a viver.
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