Refinarias em ‘stand by’

Produtor de petróleo, Angola tem apenas uma refinaria em funcionamento

Angola
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No seu último relatório, a Sonangol divulgou que, em 2015, a Refinaria de Luanda produziu 2.491. 151 de toneladas métricas de derivados de petróleo, o que representou um aumento de 15% em relação ao ano de 2014. Para cobrir a procura, o país teve de recorrer à importação que, em 2015, foi de 5.040.021 toneladas métricas que custaram 2,7 mil milhões de dólares aos cofres do Estado.

Para este ano, os custos com a importanção dos derivados do ‘ouro negro’ estão estimados em dois mil milhões de dólares.

Para a alteração deste quadro de excessiva dependência externa, o Governo projectou, há alguns anos, a construção de três refinarias, com a conclusão prevista para 2017/2018, uma no Soyo, Zaire, outra no Lobito,Benguela, e outra ainda no Bengo. O investimento estimado para as duas últimas é superior a 20 mil milhões de dólares e envolve empresas chinesas, com a participação da Sonangol.

Com a actual conjuntura económica, abriu-se, no entanto, uma discussão sobre a necessidade ou não da construção de novas refinarias e as opiniões divergem.

O presidente da Associação dos Industriais de Luanda (AIA), José Severino, por exemplo, é a favor da construção de novas refinarias para a redução das importações dos derivados do petróleo.

No entanto, há quem discorde. José Oliveira, especialista em petróleo e gás, defende que a construção da refinaria do Lobito deve ser adiada, por largos anos, devido à baixa arrecadação de receitas e aponta como solução em tempo de crise a modernização da refinaria de Luanda e fundamenta que “o investimento representa menos um quinto do que custará a refinaria de Lobito”.

Cálculos divulgados pelo ‘Semanário Económico’, em Janeiro, apontam que “se as quatro refinarias, incluindo a de Luanda, estivessem em funcionamento, Angola poderia processar cerca de 700 mil barris de petróleo por dia, reduzir as importações dos derivados do petróleo e poupar cerca de cinco milhões de dólares por dia”.

2,7 mil milhões de dólares é o custo com a importação dos derivados de petróleo em 2015.

 

 

 

 

 

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